A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou uma Nota Técnica 03/2022 com orientações sobre os procedimentos que devem ser feitos nos casos envolvendo varíola dos macacos no Brasil, a doença é conhecida internacionalmente como (Monkeypox). A orientação é para hospitais, clínicas e demais serviços de saúde.
Sobre a Doença
A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Segundo a Secretaria de Saúde, este contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, fluidos corporais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.
Tratamento
Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidados e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Primeiro caso no Brasil
O primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil foi confirmado nesta quarta-feira (8), na cidade de São Paulo. O paciente é um homem de 41 anos que viajou à Espanha. Ele está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na zona oeste da capital.
Até o fim de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia registrado mais de 300 casos confirmados ou suspeitos da varíola do macaco em 23 países onde o vírus não é endêmico. Não houve mortes relatadas.
Sintomas
- Febre
- Dor de cabeça intensa
- Inchaço dos gânglios linfáticos,
- Dor nas costas,
- Dores musculares
- Falta de energia
- Erupção na pele (bolhas no rosto que se espalha para todo corpo: pés, mãos, genitália)
Vacinação
De acordo com a Anvisa não existem vacinas contra varíola dos macacos (Monkeypox) registradas no Brasil.
A vacinação contra varíola existiu e terminou em 1980; depois disso, a doença foi declarada erradicada. As vacinas não estão mais disponíveis no mercado para a população geral e como os casos são raros, a vacinação universal não é indicada.
Resumo da nota técnica da Anvisa para hospitais e unidades de saúde
Durante a assistência a pacientes com Monkeypox suspeita ou confirmada, deve-se:
- Implementar as precauções padrão, juntamente com as precauções para contato e para gotículas, o que envolve entre outras orientações, a higiene das mãos (água e sabonete OU preparações alcoólicas).
- Uso correto dos EPIs: óculos de proteção ou protetor facial, avental, máscara cirúrgica, luvas de procedimentos.
- Isolamento do paciente (preferencialmente, em um quarto privativo).
Fonte: Anvisa