O Banco do Brasil tomou a decisão de encerrar a conta que o ex-presidente Jair Bolsonaro mantinha nos Estados Unidos, alegando razões de compliance. De acordo com a coluna do jornalista Paulo Cappelli no Metrópoles, o banco justificou a medida devido às suas “diretrizes rigorosas para monitorar as transações financeiras de seus clientes” e ao cumprimento integral das legislações e regulamentações bancárias em todas as jurisdições onde opera.
Segundo informações da coluna, Bolsonaro teria aberto a conta no BB Americas, uma subsidiária do Banco do Brasil nos EUA, próximo ao término de seu mandato como presidente, e possuía um saldo de US$ 135 mil. Esse valor foi posteriormente convertido em reais e transferido para outra conta do ex-presidente no Brasil.
Em junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou o bloqueio de R$ 447 mil em uma conta bancária de Bolsonaro no Brasil. Essa medida foi tomada para garantir o pagamento de sete multas aplicadas pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, totalizando mais de R$ 1 milhão, devido ao não cumprimento de normas sanitárias durante o período da pandemia de Covid-19. Na ocasião, o ex-presidente participou de manifestações em São Paulo e circulou sem o uso de máscara.
Diante do bloqueio da conta, apoiadores de Bolsonaro iniciaram uma campanha de arrecadação por meio do Pix para ajudá-lo a cobrir os valores das multas resultantes dos processos judiciais. Algumas semanas após o início da mobilização, o ex-presidente informou que as doações já haviam sido suficientes para quitar os montantes das multas.