Bitcoin atinge novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil impulsionado por ETFs e incertezas fiscais nos EUA

O bitcoin bateu mais um recorde histórico nesta quarta-feira (21), alcançando US$ 109 mil (cerca de R$ 617 mil), segundo dados do mercado. O avanço acontece um dia após a criptomoeda ter superado o patamar anterior de US$ 106,8 mil.

A disparada do ativo digital é explicada, em grande parte, pela entrada massiva de recursos em ETFs de bitcoin nos Estados Unidos e pela instabilidade fiscal que ronda a economia norte-americana.

Fluxo recorde em ETFs

Os ETFs (fundos de índice) permitem que investidores se exponham ao bitcoin sem comprar diretamente a criptomoeda. Apenas na segunda-feira (19), os ETFs à vista de bitcoin nos EUA registraram entradas líquidas de US$ 667 milhões, conforme dados da plataforma SoSoValue. Em maio, o fluxo positivo já chega a US$ 3,3 bilhões.

Crise fiscal nos EUA impulsiona criptoativos

Além dos ETFs, o mercado de criptomoedas vem sendo influenciado pelas preocupações com a dívida dos EUA. Os rendimentos dos Treasuries — títulos públicos do governo norte-americano — voltaram a subir nesta quarta: os papéis de 10 anos superaram 4,5%, e os de 30 anos, 5%. Isso reflete a desconfiança dos investidores com relação à sustentabilidade fiscal do país.

Essa incerteza tem aumentado a procura por ativos alternativos, como o bitcoin, que apesar de mais arriscado, oferece potencial de altos retornos.

Perspectiva de juros mais baixos favorece o bitcoin

Em cenários de juros mais baixos e inflação controlada, como o que se especula nos EUA para os próximos trimestres, ativos de maior risco ganham apelo. Investidores tendem a reduzir a exposição à renda fixa tradicional e aumentar posições em criptoativos, cuja participação nos portfólios pode variar entre 1% e 10%, segundo especialistas.

O atual movimento pode ser indicativo de uma nova fase de valorização para o bitcoin, amparado não só pelo apetite ao risco, mas também pela institucionalização crescente do ativo no mercado financeiro global.

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