O povo argentino já começa a sentir as duras consequências de um governo que a esquerda promoveu, o mais longo lockdown do mundo. Além, é claro, das décadas de governo populista, se revezando entre peronistas e kircherianos.
O desabastecimento é tão grande no país que itens como papel higiênico, guardanapo, cacau e café já não têm mais nas prateleiras dos supermercados e, na lojas, faltam até tênis.
Crise econômica
O atual presidente Fernandez, um político de esquerda enfrenta crise econômica que se reflete em uma dívida externa que só cresce, em uma inflação descontrolada e um desemprego em alta. Hoje, quase 40% dos argentinos estão em situação de pobreza.
O governo atual repete uma antiga fórmula para tentar frear a escalada dos preços: aumentar a taxa básica de juros, que, hoje, na Argentina, chega a 49% ao ano – uma das maiores do mundo.
Trata-se de um ciclo vicioso.
Medidas do governo federal para segurar a inflação impactam na produção industrial, que gera desemprego e faz a renda média da população cair.
O efeito prático se vê no tamanho da dívida das famílias: 73% dos lares argentinos estão com as contas no vermelho.
Miséria
Na cidade argentina de Concordia, mais da metade da população vive na miséria.
A pandemia agravou essa situação, que não começou agora.
A Argentina, que já foi um dos países mais ricos da América Latina, não consegue há 25 anos fazer com que o percentual de pessoas que vivem em situação de pobreza no país fique abaixo dos 20%.
“A quarentena foi muito ruim para nós. Porque não dava para trabalhar, as ruas ficavam fechadas, não podíamos mais sair. Minha mulher estava grávida, era sair ou sair para procurar algo”, diz Julio, que é catador de resíduos em Concordia.
Ele trabalha no Campo del Abasto, um aterro onde todo o lixo produzido na cidade do nordeste argentino vai parar. É nesse local que muitas famílias da região acabam se instalando.
“Há cada vez mais bairros, mais assentamentos. E o que chama a atenção é que são pessoas jovens, que formaram suas famílias, moram onde podem e como podem”, explica Pedro Sena, diretor da organização beneficente Cáritas Concordia.
Presidente Fernández é amigo de Lula
Em outubro de 2019, Lula escreveu uma carta quando ainda estava na prisão ao presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, e parabenizou por ter ganho as eleições.
Em dezembro de 2021 o presidente da Argentina Alberto Fernandez recebeu o ex-presidente Lula na Casa Rosada, palácio da sede do Governo Nacional Argentino “em clima para eleições de Lula 2022”. O governo argentino está apoiando o PT, desejando que a esquerda no Brasil volte ao poder.
Fonte: BBC News Brasil, Terra Brasil, CNN, o Globo