China critica tarifa de Trump contra países do Brics: “Não há vencedores em guerras comerciais”

A China reagiu nesta segunda-feira (7) à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa adicional de 10% a todos os países que, segundo ele, “se alinharem a políticas antiamericanas do Brics”. A medida foi anunciada no domingo (6), em meio à realização da 17ª Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.

Durante entrevista coletiva em Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, classificou a sanção como prejudicial ao comércio global.

“A China declarou repetidamente sua posição: não há vencedores em guerras comerciais e tarifárias. O protecionismo não leva a lugar nenhum”, afirmou.

Ela também reforçou que o Brics, hoje formado por 11 países, “não tem nenhum país como alvo” e que o grupo atua com base em “abertura, inclusão e cooperação ganha-ganha”.

Brics rejeita postura unilateral dos EUA

Além da China, o bloco também se manifestou oficialmente. Em comunicado, o Brics reafirmou seu apoio ao “sistema multilateral de comércio baseado em regras, aberto, transparente, justo, inclusivo e equitativo”.

Representando a China na cúpula, o primeiro-ministro Li Qiang criticou o que chamou de “medidas protecionistas unilaterais”, afirmando que elas “causam disrupções nas cadeias globais de fornecimento e distorcem a concorrência”.

Tarifa e tensão diplomática

A decisão de Trump estabelece a imposição de tarifas a partir de 1º de agosto, com o argumento de que países ligados ao Brics estariam adotando “posições contrárias aos interesses estratégicos dos EUA”.

O anúncio ampliou a tensão diplomática entre Washington e os países do bloco, que agora conta com Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.

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