Clã Bolsonaro traça estratégia ousada para manter poder político após inelegibilidade de Jair Bolsonaro

Em meio à inelegibilidade de Jair Bolsonaro pelo período de oito anos, o clã Bolsonaro já está arquitetando um plano para evitar a perda de capital político a longo prazo. Segundo informações do jornal O Globo, a família aposta na necessidade de reforçar a oposição ao PT no Senado, mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não concorra à reeleição em 2026.

A estratégia consiste em lançar membros da família em candidaturas ao Senado: Michelle Bolsonaro concorreria pelo Distrito Federal, Eduardo Bolsonaro disputaria uma cadeira por São Paulo, e Flávio Bolsonaro buscaria a reeleição pelo Rio de Janeiro. Com a bancada familiar reunida no Senado, a intenção é fortalecer a posição da direita na Casa, onde Lula atualmente detém maioria e consegue aprovar suas pautas.

Avaliações internas do PL (partido de Jair Bolsonaro) indicam “boas chances de vitória” para os familiares, aproveitando o capital político ainda mantido pelo presidente. O cientista político Paulo Kramer pondera que a estratégia definirá o futuro do bolsonarismo, questionando se Bolsonaro será capaz de consolidar-se como um polo unificador das várias correntes da direita ou se ficará restrito a um gueto ideológico.

Eduardo Bolsonaro defende que, mesmo inelegível, seu pai continuará sendo um cabo eleitoral relevante, ressaltando que sua moral não está vinculada a cargos ou títulos ocupados. Essa movimentação política representa uma tentativa do clã Bolsonaro de se manter influente na cena política mesmo com a inelegibilidade do atual presidente, impactando o cenário político e gerando debates sobre os rumos do bolsonarismo no país.

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