O aumento serA? sentido nas contas de 5,7 milhA�es de clientes da Coelba em 415 dos 417 municA�pios baianos. Isto porque dois municA�pios (JandaA�ra e Rio Real), no noroeste do estado, escaparam do reajuste por serem atendidos pela Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe), cujas tarifas sA?o atualizadas em dezembro.
No caso da regiA?o metropolitana de Salvador, foi justamente a energia elA�trica, com queda mA�dia de 8,55% do preA�o no mA?s passado, a principal responsA?vel por ter puxado a inflaA�A?o para baixo, com registro atA� de deflaA�A?o (variaA�A?o negativa).
“NA?o deu nem para aproveitar, pois a Coelba agora jA? vai aumentar a tarifa”, lamentou a secretA?ria-executiva Jeane Hurtado, que paga, em mA�dia, R$ 220 mensalmente na conta da energia, morando com o marido e o filho adolescente, tendo em casa chuveiro elA�trico, dois televisores, geladeira, micro-ondas, computadores e jogos eletrA?nicos, entre outros.
Em nota, a Coelba simulou como se darA? o reajuste para consumidores residenciais: um consumo convencional de 100 kWh/mA?s, por exemplo, terA? conta reajustada de R$ 53,34 para R$ 59,11. A companhia ressaltou, entretanto, que, “alA�m dos valores de tarifas fixados pela Aneel, sA?o cobrados na conta de energia os impostos (ICMS, PIS e Cofins) e as bandeiras tarifA?rias, que neste mA?s estA? verde, sem acrA�scimo. HA? ainda a cobranA�a na conta da contribuiA�A?o de iluminaA�A?o pA?blica (CIP), tributo cobrado pelas prefeituras.
Empresas
Na Bahia, o reajuste foi criticado pelo presidente da FederaA�A?o do ComA�rcio de Bens, ServiA�os e Turismo (FecomA�rcio-BA), Carlos Andrade. “Falta sensibilidade do governo no momento crA�tico da economia, com aumento de mais de 10% na energia, penalizando ainda mais o setor, sobretudo no ramo de serviA�os, como restaurantes e hotelaria, por exemplo”, afirmou.
Andrade ressaltou que, alA�m dos custos com as contas de energia, os estabelecimentos comerciais geralmente ainda acabam pagando a mais, com o repasse do insumo para os preA�os da indA?stria.
Sem repasse
O coordenador do Conselho de Infraestrutura da FederaA�A?o das IndA?strias do Estado da Bahia (Fieb), Marcos Galindo, salientou que o reajuste anual da Coelba jA? era esperado para abril. “O fato positivo A� o alento de nA?o termos, pelo menos, a bandeira vermelha, com a cobranA�a extra elevada”, frisou. Ele lamentou, entretanto, que a obrigatoriedade do reajuste seja mantida, “mesmo diante do ambiente adverso para a economia”.
Para Galindo, no entanto, serA? justamente a recessA?o econA?mica que, por outro lado, vai servir de freio para evitar que o reajuste seja repassado para os preA�os dos produtos. “Diante da queda brusca do poder aquisitivo do brasileiro, o mercado jA? nA?o comporta novos aumentos em cadeia, representando, assim, mais um custo penoso a ser absorvido pelo setor produtivo na medida do possA�vel”, explicou.
Fonte: A Tarde