Crescimento empresarial na Bahia em 2023 foi impulsionado por microempresas

O número de empresas ativas na Bahia cresceu 6,1% em 2023, alcançando 498.785 unidades locais, segundo dados do IBGE. O saldo foi de 28.799 novas empresas em relação a 2022, quando o estado contava com 469.986 unidades.

Essas empresas empregavam 3.139.183 pessoas, entre 2.559.381 assalariados e 579.802 sócios ou proprietários. O resultado coloca a Bahia como 8º estado com maior número absoluto de novas empresas e líder na região Nordeste.

No cenário nacional, o Brasil atingiu 11,25 milhões de unidades locais, um aumento de 6,1% em um ano. São Paulo, Minas Gerais e Paraná continuam liderando o ranking.


Microempresas puxaram o crescimento

O avanço baiano foi liderado pelas microempresas, que representam 92,7% do total de unidades locais. Esse grupo cresceu 6,4%, saltando de 434.577 para 462.361 empresas, um ganho de 27.784 novas unidades.

As pequenas empresas (10 a 49 empregados) cresceram 2,8%, somando 31.165 unidades, enquanto as médias (50 a 249 empregados) aumentaram 3,4%, chegando a 4.020. As grandes empresas, com 250 ou mais ocupados, tiveram alta de 2,0%, totalizando 1.239 unidades.


Mais empregos e movimentação econômica

Com o aumento das empresas, a Bahia também registrou crescimento de 5,4% no número de trabalhadores, passando de 2.978.368 para 3.139.183 pessoas ocupadas — um acréscimo de 160.815 empregos.

O estado teve o 6º maior crescimento absoluto do país em geração de postos de trabalho, ficando atrás de São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro. No Brasil, o número total de empregados formais subiu 5,1%, chegando a 65,9 milhões.


Salários sobem, mas continuam abaixo da média nacional

O salário médio dos trabalhadores assalariados na Bahia foi de R$ 3.026,21 em 2023, alta nominal de 6,6% em relação a 2022. Ainda assim, o valor equivale a 2,3 salários mínimos e permanece abaixo da média nacional, de R$ 3.745,45.

A Bahia teve o 7º menor salário médio do país. Os maiores valores foram registrados no Distrito Federal (R$ 5.888,75), São Paulo (R$ 4.369,88) e Rio de Janeiro (R$ 4.243,43).


Entidades empresariais predominam; administração pública concentra assalariados

As entidades empresariais privadas representam 85,1% das unidades locais (424.515) e concentram 69,3% do pessoal ocupado.

Já a administração pública responde por apenas 0,9% das unidades (4.318), mas reúne 29,1% dos assalariados baianos (745.842 pessoas), índice bem acima da média nacional (21,3%). As entidades sem fins lucrativos somam 14% das unidades (69.902) e empregam 6,6% dos trabalhadores formais.


Comércio lidera número de empresas; setor público cria mais empregos

Entre 2022 e 2023, 19 das 21 atividades econômicas registraram crescimento. O destaque foi o comércio e reparação de veículos, com +7.309 novas unidades, totalizando 182.767 empresas — o equivalente a 36,6% de todas as empresas baianas.

Em número de trabalhadores, o maior avanço foi na administração pública, defesa e seguridade social, com +51.337 ocupados (+9,2%), atingindo 609.223 trabalhadores.

O comércio continua sendo o maior empregador em volume total (658.898 pessoas, ou 21% do total), mas entre os assalariados formais, a administração pública lidera, com 23,8% dos empregos.


Setor financeiro paga os maiores salários; hospedagem e alimentação, os menores

As atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados apresentaram o maior salário médio do estado, de R$ 7.376,71, seguidas pelos setores de eletricidade e gás (R$ 7.226,88) e organismos internacionais (R$ 6.032,11).

Na outra ponta, o setor de alojamento e alimentação registrou a menor média salarial, de R$ 1.741,39.

Burburinho News
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