Crise na saúde de Feira de Santana: 131 pessoas morrem aguardando regulação em 6 meses

No primeiro semestre deste ano, a cidade de Feira de Santana vive uma grave crise na área da saúde, com um trágico registro de 131 mortes de pacientes enquanto aguardavam pela regulação para transferência para unidades hospitalares. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde da região, que também destaca que, somente nesta quinta-feira (20), há 22 pessoas aguardando transferência através das vagas disponibilizadas pelo Sistema do Governo do Estado.

De acordo com os dados da pasta, o mês de junho foi o mais crítico, registrando 33 mortes de pacientes que aguardavam pela regulação. A maioria desses pacientes tinha histórico de doenças graves como acidente vascular cerebral, pneumonia ou problemas cardiovasculares.

Essa demora na transferência tem sobrecarregado as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas Municipais da cidade. Um exemplo foi a situação da UPA da Queimadinha, que possui capacidade para 14 leitos, mas na última sexta-feira (14) encontrava-se com 18 pacientes, incluindo casos de infarto e acidente vascular cerebral, aguardando transferência para um hospital do Estado.

A demora na regulação também tem resultado em casos preocupantes, como o de um idoso com erisipela (infecção nas pernas) que já aguarda na fila há duas semanas e uma mulher que sofreu acidente vascular cerebral (AVC) há nove dias, esperando remoção para uma unidade de alta complexidade. Além dos riscos à saúde, essa espera prolongada expõe os pacientes a uma angustiante espera por tratamento adequado. Em meses anteriores, casos como uma paciente que sofreu um infarto e ficou 25 dias na Policlínica da Rua Nova, e um adolescente de 16 anos com derrame pleural que aguardou 14 dias na UPA Queimadinha, foram relatados pela Secretaria de Saúde de Feira de Santana.

A situação exige medidas urgentes para garantir uma gestão mais eficiente do sistema de saúde, reduzindo o tempo de espera para a regulação e evitando novas tragédias decorrentes da falta de atendimento adequado.

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