O impacto do custo dos alimentos sobre o orçamento do soteropolitano tem sido significativo, conforme revela um levantamento realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) em fevereiro de 2024. De acordo com os dados, os habitantes da capital baiana gastaram o equivalente a meio mês de trabalho para adquirir os 25 itens essenciais que compõem a cesta básica.
O tempo necessário para garantir esses produtos foi estimado em 96 horas e 57 minutos, um aumento de 44 minutos em relação ao ano anterior. O maior peso no bolso foi atribuído ao pão francês, demandando mais de 15 horas de trabalho. Em seguida, aparecem outros itens como maçã, banana prata, carne de primeira e feijão, cada um representando horas significativas de esforço laboral.
A pesquisa revela ainda que o custo da cesta básica em Salvador atingiu R$ 575,66 em fevereiro, registrando um aumento de 2,93% em comparação ao mês anterior. Esses resultados foram obtidos após a análise de 2.950 cotações de preços em 97 estabelecimentos comerciais da cidade.
A SEI estrutura a cesta básica considerando a quantidade de alimentos necessários para alimentar uma família de quatro pessoas ao longo de um mês, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE e na Ração Essencial Mínima regulamentada por lei.
Apesar dos esforços para garantir a segurança alimentar da população, o desafio de acessar alimentos básicos a preços acessíveis permanece uma preocupação para muitos soteropolitanos, refletindo a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar esses impactos econômicos.