Precedendo ao surgimento do cristianismo, os sete pecados capitais sA?o classificaA�A�es de condiA�A�es humanas tidas como vA�cios, usadas pelo catolicismo para controlar, educar e limitar os instintos do ser humano. Na lista,A�estA?o falhasA�a��A�Gula, Avareza, PreguiA�a, LuxA?ria, Ira, Inveja e Soberba a��A�que podem ou nA?o serA�perdoadas por Deus.A�No Ba-ViA�deste domingo (1A?), no qual o VitA?ria venceu o Bahia por 2 aA�0 no primeiro jogo da decisA?o do Campeonato Baiano de 2016,A�trazendo para si a vantagem de poder perder atA� por um gol de diferenA�a no prA?ximo jogo para ser campeA?o, os sete pecados estiveram em campo no Manoel Barradas. Fosse para o bem ou para o mal.
Em um jogo tecnicamente abaixo do que se espera para uma final entre Bahia x VitA?ria e mais equilibrado do que o placar teimosamente mostra, o primeiro pecado a aparecer em campo a��A�e que comeA�ou a decidir o clA?ssico a��A�foi a ira.A�Juninho e Marinho trocaram cabeA�adas. Victor Ramos deu no meio das pernas de Hernane. O Ba-Vi comeA�ou furioso, com os jogadores esquecendo de jogar bola e querendo resolver na base da porrada. Por sorte, Anderson Daronco a��A�A?rbitro que veio do Rio Grande do Sul para apitar o primeiro jogo da decisA?o a��A�conseguiu controlar. Mas o que ele nA?o conseguiria limitarA�viria a ser o segundo pecado capital do jogo: aA�gula.
Na concepA�A?o dos pecados, trata-se do desejo exagerado por comida e bebida. Mas, em sentido amplo, a gula pode ser um desejo insaciA?vel, e sA? isso explica a vontade do A?rbitro em querer aparecer como protagonista do espetA?culo. SA? ele viu falta de Tinga em Vander em pA?nalti que abriu o caminho para o triunfo rubro-negro.
Depois veio a preguiA�a. E ela veio em formato de time. O Bahia, lento e previsA�vel, nA?o conseguia fazer nada de diferente. Doriva, apA?tico, no seu senta e levanta a beira do campo, nA?o fez nada para mudar o jeito de o time jogar e atacar o VitA?ria. E junte a isso aA�avareza de Juninho. O camisa 10 tricolor, pior em campo pelo EsquadrA?o, mesmo errando tudo, continuava cobrando todas as faltas e escanteios. Pelo jeito que o Bahia jogava, seria uma fA?rmula de encontrar uma salvaA�A?o. Mas, dos sA?bios aos filA?sofos de boteco, todos sabem: errar uma vez A� humano e persistir no erro A� burrice. E ele continuou errando, errando e errando atA� Doriva acertar em tirA?-lo do jogo.
Para nA?o dizer que o pecado A� sA? negativo,A�vocA?s podem concordar comigo que a luxA?ria tambA�m traz prazer. E o responsA?vel por isso foi o volante Amaral. Num toque deA�’chapa’ que contrariou todas as razA�es da gravidade e do que se espera de um volante a�?brucutua�? a��A�ou a�?Pitbulla�? para os coraA�A�es rubro-negros a��A�o golaA�o do camisa 5 fez os quase 20 mil torcedores rubro-negros no BarradA?o beiraremA�o orgasmo. Um deleite inesperado.
No fim, o VitA?ria pegou um Bahia esfacelado, que lhe dava todo o campo e meio de lhe atacar. Mas o orgulho, ou, em bom baianA?s futebolA�stico, a a�?fominhagema�? em determinados momentos impediu o terceiro gol do VitA?ria. Das arquibancadas, tem gente atA� agora dizendo para Marinho largar a bola…
Apito final no jogo e na sequA?ncia de pecados do Ba-Vi. Enquanto os rubro-negros foram embora cantando e colocando as mA?os na taA�a, a inveja predominou no setor da torcida visitante. Afinal, hA?A�alguns clA?ssicos, os tricolores nA?o sabem o que A� comemorar. Haja inveja.
Fonte: Metro1