‘DoaA�A�es’ em lista da Odebrecht sA?o diferentes de prestaA�A�es de contas de polA�ticos baianos

Foto: ReproduA�A?o

A divulgaA�A?o dos documentos de Benedicto Barbosa Silva JA?nior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, foi vista com ressalvas dentro do meio polA�tico. Isso porque mais de 200 polA�ticos e 20 partidos foram citados nominalmente em planilhas e anotaA�A�es, mas nA?o hA? provas de que o repasse de verbas que constam nos documentos estA?o ligados a esquemas de corrupA�A?o. De fato, quase todos os que foram identificados inicialmente alegaram que as doaA�A�es foram feitas de forma legalizada e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a�� e os baianos citados nA?o foram diferentes. Do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e do atual prefeito de Salvador, ACM Neto, atA� candidatos a vereador como Pinheiro do Sindicato e outros que perderam forA�a polA�tica, como JoA?o Almeida, 37 polA�ticos de sete partidos do estado aparecem na relaA�A?o. O nA?mero inicial de 39, que foi divulgado por alguns veA�culos da imprensa, nA?o procede pois Marcio Biolchi e Mauro Poeta sA?o listados erroneamente como sendo de Salvador, mas na verdade sA?o do Rio Grande do Sul.

Os dados mais explA�citos dA?o conta de um suposto repasse de verbas do grupo Odebrecht, atravA�s de empresas como a Braskem, para as campanhas de Jaques Wagner (PT), o “Passivo” (R$ 3 milhA�es, com R$ 2,4 milhA�es pagos) e Paulo Souto (DEM) (R$ 1 milhA?o) ao governo do estado em 2010. AlA�m disso, um e-mail explica que os prefeiturA?veis de 2012 ACM Neto (DEM), Nelson Pellegrino (PT) e MA?rio KA�rtesz (PMDB), o “Roberval”, deveriam ter recebido um a�?bA?nusa�? de R$ 400 mil, R$ 200 mil e R$ 250 mil, respectivamente, atravA�s de AndrA� Vital, diretor-superintendente da Odebrecht Infraestrutura. AlA�m disso, o e-mail tambA�m inclui o nome de Carlos Martins (PT), que A� A�poca era candidato A� prefeitura de Candeias e teria recebido bA?nus de R$ 100 mil.

Uma consulta ao sistema de prestaA�A?o de contas do TSE mostra que a campanha de Wagner em 2010 foi orA�ada em R$ 26,2 milhA�es, mas nA?o hA? referA?ncias ao aporte de fundos do grupo Odebrecht, que pode ter acontecido atravA�s do repasse dos diretA?rios nacionais e estaduais do PT a�� na A�poca, nA?o era obrigatA?rio que os diretA?rios divulgassem o doador original do dinheiro. A mesma situaA�A?o se aplica a Souto, que teve campanha orA�ada em R$ 9,5 milhA�es, e aos prefeiturA?veis de 2012 Neto (campanha no valor de R$ 21,9 milhA�es), Pelegrino (R$ 15,5 milhA�es), KA�rtesz (R$ 3,3 milhA�es) e Martins (R$ 1,2 milhA�es).

Os documentos listam 12 candidatos a vereador com supostos repasses na campanha de 2012, sendo 11 de Salvador e um de CamaA�ari, Luis Tavares, que nA?o se elegeu. Na capital, nA?o lograram A?xito Dr. Giovani (R$ 30 mil), Pedro Godinho (R$ 100 mil) e Pinheiro do Sindicato (R$ 10 mil). JA? o entA?o petista Carballal (citado como a�?Humbertoa�?) (R$ 150 mil), ainda no PTB Edvaldo Brito (o “CandomblA�”) (R$ 150 mil), Geraldo Junior (R$ 80 mil), pelo PTN, Leo Prates (R$ 30 mil), pelo DEM, Lessa (R$ 20 mil), do PT, Paulo CA?mara (R$ 50 mil), do PSDB, os petistas VA?nia GalvA?o (R$ 20 mil) e Waldir Pires (R$ 100 mil) ocupam cadeiras na CA?mara Municipal de Salvador. Mais uma vez, as doaA�A�es registradas e aprovadas nA?o sA?o batem com os dados das planilhas apreendidas.

No interior do estado, aparecem polA�ticos de CamaA�ari, Candeias, Dias Da��A?vila, Juazeiro, Madre de Deus e SimA�es Filho. Os candidatos A� prefeitura dos municA�pios da RegiA?o Metropolitana de Salvador que sA?o listados sA?o Ademar Delgado (R$ 100 mil), MaurA�cio Bacelar (R$ 100 mil), Tonha MagalhA?es (R$ 50 mil), Alberto Castro (R$ 50 mil), Jussara MA?rcia (R$ 50 mil), Carmem Gandarella (R$ 50 mil), Dinha Tolentino (R$ 20 mil) e Eduardo Alencar (R$ 50 mil). O candidato A� vice-prefeito de Madre de Deus, Jeferson Andrade (R$ 50 mil), tambA�m aparece, assim como o atual prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, o “Passivo” (R$ 300 mil). Mais uma vez nA?o A� possA�vel verificar de que forma teriam chegado aos polA�ticos.

Aspirantes baianos a um cargo no Congresso Nacional (e que foram eleitos) tambA�m sA?o listados. Arthur Maia (PPS), Daniel Almeida (PCdoB), Geraldo SimA�es (PT), JosA� Carlos Aleluia (DEM), Jutahy MagalhA?es Jr. (PSDB), Nelson Pelegrino (PT) e Paulo MagalhA?es (PSD) teriam recebido repasses em 2014. JoA?o Almeida (PSDB), que nA?o se elege desde 2010, aparece na lista como beneficiado com R$ 50 mil. Geraldo SimA�es, o “Cacau” (identificado como Geraldo de Itabuna), teria recebido R$ 200 mil a�� toda a sua campanha declarada em 2014 foi de R$ 90,8 mil. Arthur Maia, o “Tuca”, teria recebido R$ 50 mil em 2010 e R$ 100 mil em 2014 a�� foram declarados apenas R$ 30 mil, originA?rios da Braskem, em 2014. Daniel Almeida, o “Comuna”, teria recebido R$ 150 mil a�� foram declarados apenas R$ 30 mil, originA?rios da Braskem. JosA� Carlos Aleluia teria recebido R$ 150 mil a�� foram declarados R$ 105 mil da Braskem e R$ 175 da Odebrecht. Nelson Pelegrino, o “PelA�”, teria recebido R$ 1,5 milhA�es a�� foram declarados R$ 125 mil, da Braskem. Jutahy MagalhA?es foi o a�?lA�dera�? de citaA�A�es na tabela, aparecendo quatro vezes: teria recebido R$ 30 mil em 2010 e posteriormente R$ 150 mil, em 2012, e R$ 500 mil (sem referA?ncia do perA�odo), alA�m de outra menA�A?o sem relaA�A?o a valores. Declarou ter recebido R$ 200 mil da Odebrecht e R$ 230 mil da Braskem em 2014. JA? Paulo MagalhA?es, o “Goleiro”, que teria recebido R$ 80 mil, declarou R$ 30 mil da Braskem.

Dois deputados estaduais aparecem na listagem: Leur Lomanto JA?nior e Marcelo Nilo. Lomanto Jr., que aparece listado erroneamente como candidato a deputado federal em 2010, teria recebido R$ 16 mil reais; jA? Marcelo Nilo, o “Rio”, teria recebido R$ 300 mil, e declarou R$ 109,8 mil provenientes da Braskem.A�HA? ainda uma menA�A?o de repasse de R$ 2 milhA�es ao prefeito ACM Neto nos documentos, sem referA?ncias a anos ou perA�odos eleitorais. No total, 42 polA�ticos baianos receberam repasse de verbas da Braskem e Odebrecht de forma direta em 2014, mas apenas oito apareceram nos documentos a�� o que equivale a cerca de 20% dos beneficiados. Todos os dados dos documentos podem ser vistos no portal do jornalista Fernando Rodrigues, no Uol, quem primeiro deu as informaA�A�es (clique aqui e veja). ApA?s a divulgaA�A?o da lista da Odebrecht, os polA�ticos citados negaram qualquer relaA�A?o ilA�tica entre a empreiteira e a campanha – em quaisquer um dos perA�odos eleitorais.

Fonte: Bahia NotA�cias

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