“Wicked: Parte II” encerra a saga, mas perde o brilho musical do primeiro filme

A aguardada continuação Wicked: Parte II (Wicked: For Good) chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20) encerrando a jornada de Elphaba e Glinda em Oz. Apesar do capricho visual e das boas atuações de Cynthia Erivo e Ariana Grande, o filme dirigido por Jon M. Chu falha em repetir a força e a magia musical do primeiro longa, lançado em 2024.

Inspirado no musical de sucesso da Broadway e na releitura de O Mágico de Oz (1939), o novo capítulo retorna ao universo encantado para mostrar Elphaba vivendo no exílio e lutando para revelar a verdade sobre o Mágico (Jeff Goldblum). Enquanto isso, Glinda assume o posto de símbolo de bondade em Oz, vivendo no luxo da Cidade das Esmeraldas sob orientação de Madame Morrible (Michelle Yeoh).

Apesar da boa química das protagonistas, Wicked: Parte II peca justamente onde um musical não pode falhar: nas canções. Diferente do filme anterior, que entregou momentos marcantes como a cena final ao som de “Defying Gravity”, a nova produção carece de músicas memoráveis e números realmente impactantes.

O roteiro de Stephen Schwartz, Winnie Holzman e Gregory Maguire também decepciona ao tratar personagens e conflitos de forma simplificada, enfraquecendo o peso emocional da narrativa. Além disso, a fotografia acinzentada e pouco vibrante destoa do universo colorido de Oz, comprometendo o visual apesar do ótimo design de produção.

Com 2h17min de duração, o desfecho da saga se arrasta e reforça a sensação de que a história poderia ter sido encerrada sem a necessidade de um segundo filme tão extenso. Wicked: Parte II entrega acabamento técnico, mas falta brilho, vigor e — principalmente — música que fique na memória.

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