Nesta quarta-feira (8), o coletivoA�Policiais Baianos Progressistas e Pela Democracia divulgou um manifesto repudiando A� prA�-candidatura do deputado Jair Bolsonaro A� PresidA?ncia da RepA?blica em 2018. No texto, o coletivo fala sobre a importA?ncia dos direitos humanos e a valorizaA�A?o da vida:
Escolhemos essa profissA?o para proteger as pessoas a�� nossas famA�lias, nossos vizinhos, os cidadA?os e as cidadA?s do nosso estado a��, para cuidar dos outros, para acabar com o medo e nA?o para provocA?-lo, para garantir a paz social e nA?o para fazer a guerra. Entendemos que nA?o A� abolindo ou desrespeitando os direitos humanos, como pedem alguns demagogos, que vamos reduzir a violA?ncia na sociedade; muito pelo contrA?rio
Confira a publicaA�A?o na A�ntegra:
O coletivo de Policiais Baianos Progressistas e Pela Democracia A� um grupo informal de Policiais que se inspira e se associa A�s ideias do Movimento Policiais Antifascismo e no Agentes da Lei Contra a ProibiA�A?o, e acredita numa polA�tica de seguranA�a pA?blica que tenha os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana como fundamento. Escolhemos essa profissA?o para proteger as pessoas a�� nossas famA�lias, nossos vizinhos, os cidadA?os e as cidadA?s do nosso estado a��, para cuidar dos outros, para acabar com o medo e nA?o para provocA?-lo, para garantir a paz social e nA?o para fazer a guerra. Entendemos que nA?o A� abolindo ou desrespeitando os direitos humanos, como pedem alguns demagogos, que vamos reduzir a violA?ncia na sociedade; muito pelo contrA?rio.
Num contexto de profunda crise social, econA?mica, polA�tica, moral e educacional, o aumento da violA?ncia, em suas diversas formas, A� perfeitamente compreensA�vel que as pessoas queiram um governante forte e capaz de mudar isso. E esses anseios populares tA?m servido como desculpa para discursos que clamam por mais violA?ncia para enfrentar a violA?ncia, mais armas para enfrentar os tiros, menos direitos para proteger os direitos ameaA�ados pela criminalidade, penas mais duras que chegam tarde e nA?o mudam nada, mais guerra para reduzir os danos de uma guerra que nA?o deu certo. Respostas contraditA?rias, sem dA?vida ineficazes, comprovadamente ruins em todos os paA�ses que as adotaram, porA�m, sedutoras, porque recorrem ao medo e ao desespero das maiorias para vender uma receita mA?gica, simplista, mas que nA?o deu certo em lugar nenhum.
Diante desse quadro, nA?o poderia haver alguA�m pior que Bolsonaro para resolvA?-lo. Ele demonstra total despreparo teA?rico e prA?tico pra enfrentar essa crise e governar um paA�s tA?o grande, diverso e complexo como Brasil. NA?o tem formaA�A?o e nem experiA?ncia de gestA?o pA?blica. NA?o entende nada de Economia. A� totalmente ignorante sobre RelaA�A�es Internacionais e PolA�tica Internacional. Desconhece os problemas do paA�s e, assim, tambA�m desconhece as soluA�A�es. Consequentemente nA?o tem qualquer projeto de governo e de polA�ticas pA?blicas para saA?de, educaA�A?o, moradia, mobilidade urbana, geraA�A?o de emprego e renda, e assistA?ncia social.
Nem mesmo para A?rea de seguranA�a pA?blica tem propostas sA�rias, consistentes e que possam trazer algo de bom para o paA�s. Embora, quando fala desse tema, pareA�a saber o que diz, A� um completo incompetente, um polA�tico incapaz. Suas propostas para A?rea se resumem a dar carta branca (sic) para policiais matarem e a liberaA�A?o geral da posse e porte de armas de fogo. Como se jA? nA?o ostentA?ssemos as assustadoras estatA�sticas de mortes violentas intencionais a�� 61,5 mil assassinatos registrados em 2016 e mais de 3 mil mortes decorrentes de aA�A�es policiais.
O pior A� que A� mais que isso. Bolsonaro surgiu no cenA?rio polA�tico nacional bradando contra a corrupA�A?o e em defesa da ordem. Contudo, ironicamente sua carreira polA�tica se iniciou a partir de atos de desordem, indisciplina e deslealdade perante o ExA�rcito Brasileiro. ApA?s dar uma entrevista e escrever um artigo para a revista Veja, reclamando dos salA?rios dos militares, foi punido administrativamente, e, por isso, planejou colocar bombas numa adutora da Companhia de A?guas do Rio de Janeiro e na Escola de AperfeiA�oamento de Oficiais, a fim de provocar uma desestabilidade polA�tica e a queda do Ministro do ExA�rcito.
Quanto A� corrupA�A?o, apesar do discurso moralista e da autodeclaraA�A?o de homem honesto, nA?o explicou o aumento do patrimA?nio incompatA�vel com os vencimentos. AlA�m de ter recebido dinheiro da Friboi em sua campanha eleitoral e de fazer parte da a�?Lista de Furnasa�?. Seu silA?ncio em relaA�A?o A�s acusaA�A�es contra Temer, AA�cio e outras figuras do PMDB, PSDB e DEMO chama bastante atenA�A?o sobre sua hipocrisia no que tange ao assunto.
ApA?s a conspiraA�A?o terrorista de 1987 denunciada pela revista Veja, acima citada, deixou o ExA�rcito e no ano seguinte elegeu-se vereador pelo municA�pio do Rio de Janeiro, onde se especializou em defender mamatas. De lA? para cA?, elegeu-se e reelegeu-se diversas vezes deputado federal, empanturrando-se nas benevolentes tetas do Estado, ganhando como legislador, mas sem quase nunca legislar. Ao longo desses quase 30 anos como parlamentar, sA? apenas duas vezes ele conseguiu convencer seus colegas de que o que estava propondo merecia se tornar lei. Sua atuaA�A?o parlamentar se resumiu a ser um advogado de causa prA?pria. Os projetos de lei que apresentou diziam respeito a questA�es corporativas, que visavam aumentar os benefA�cios de sua prA?pria classe profissional, a dos membros das ForA�a Armadas. A exemplo de um projeto de lei que, caso fosse aprovado, obrigaria o Estado a pagar parte das mensalidades escolares de filhos dos militares federais (incluindo os filhos dos militares da reserva, como ele).
Se por um lado, sempre se mostrou desinteressado, incompetente e ineficaz em apresentar propostas que viessem a impactar positivamente a vida dos trabalhadores e trabalhadoras, por outro, se mostrou bastante alinhado ao governo corrupto e golpista de Michel Temer. Tendo votado a favor da extinA�A?o de direitos trabalhistas. Inclusive, declarou em uma palestra (?) nos EUA que o brasileiro tem que decidir entre ter trabalho (precarizado, claro) ou ter direitos trabalhistas. Pois, como se percebe, nA?o passa pela cabeA�a dele a possibilidade de o empresA?rio diminuir um pouco os altos lucros e o trabalhador ter direitos e emprego. Tendo ainda votado na Lei que amplia a terceirizaA�A?o e precarizaA�A?o do trabalho. AlA�m de ter tambA�m votado a favor da chamada a�?PEC do Fim do Mundoa�?, a Emenda Constitucional nA? 95 que congela gastos em saA?de, educaA�A?o, seguranA�a, assistA?ncia social e os investimentos pA?blicos por 20 anos.
TambA�m se mostrou bastante eficiente em ser um polA�tico boquirroto. Especializou-se no discurso de A?dio. Sempre proferindo coisas que ninguA�m julgava possA�veis de serem proferidas em pA?blico. Atacando mulheres, gays, negros, refugiados, sobretudo quando pobres. Chegou a dizer que Quilombolas a�?nA?o deveriam procriara�?, que os refugiados sA�rios e haitianos eram escA?rias, que mulheres deveriam receber salA?rios menores, que preferia ver um filho morto a se declarar gay e que a ditadura militar matou pouco. Enfim, passou trA?s dA�cadas agredindo militantes de esquerda, ativistas de direitos humanos, gays, mulheres, negros. AlA�m de fazer apologia A� tortura, ao estupro e ao assassinato. Desta forma, ganhou notoriedade nA?o pelo que produziu como parlamentar a�� praticamente nada a��, mas pelo discurso de A?dio contra as minorias.
Como vemos, tudo o que ele tem a oferecer A� mais violA?ncia, medo e A?dio. A� mais rancor, mais frustraA�A?o, mais retaliaA�A?o, mais tiro, mais sangue. Mais morte, mais homicA�dios. Tudo isso para compensar o desemprego, a precarizaA�A?o do trabalho, a precariedade dos serviA�os pA?blicos de saA?de, educaA�A?o e assistA?ncia social, a falta de moradia, a desigualdade socioeconA?mica. Isso que ele estA? prometendo e tem a oferecer para o povo brasileiro A� o inferno para nA?s policiais honestos e bons servidores, que acabamos sendo vA�timas de assassinatos, muitos desses gerados por essa lA?gica belicista e de culto ao A?dio (o Brasil A� tambA�m campeA?o mundial em mortes de policiais). Tudo isso A� o contrA?rio do que precisamos.
Enfim, por todo o exposto e por defendermos a construA�A?o de uma sociedade livre, justa e solidA?ria; que possa garantir o desenvolvimento nacional, a erradicaA�A?o da pobreza e da marginalizaA�A?o, a reduA�A?o das desigualdades sociais e regionais, e que promova o bem de todos, sem preconceitos de origem, raA�a, sexo, cor, idade, orientaA�A?o sexual e quaisquer outras formas de discriminaA�A?o, A� que rejeitamos a candidatura do deputado Jair Bolsonaro A� presidA?ncia da RepA?blica.
Cap PM George de Matos Santos- Corregedoria
Cap PM RogA�rio de Oliveira Barbosa- 6A? CIPM
Cap PM Ricardo Penalva da Silva- 62A? CIPM
Cap PM AndrA� Francisco Campos- CPRC/ AtlA?ntico
Cap PM Claudemir Cardoso Mota- Corregedoria
SubTen PM Misael de Souza Santos- CBMBA
Sub Ten Nelia de Souza Amorim Gomes a�� Corregedoria
1A� Sgt PM Paulo CA�sar de Oliveira- RR
Cb PM Alexsandro dos Santos Moreira- 27A? CIPM
Cb PM LaA�rcio Neres Brito- 56A? CIPM
Cb PM Angelo MA?rcio Santos da Silva-
6A?CIPM
Cb PM Gustavo Souza- CBMBA
Cb PM Carla Maia- 56A? CIPM
Sd PM Ricardo de Matos Santos- 97A? CIPM
Sd PM Gilmar Carvalho Figueiredo- 4A� BPM
Sd PM Ewerton Santana Monteiro- EsqpMont/Fsa
Sd PM Diego Roberto de Almeida Adorno- 6A? CIPM
Sd PM Jean Carlos Ferreira Dourado- 38A? CIPM
Sd PM LuA�s de Oliveira Ferreira JA?nior- 51A? CIPM
Sd PM Gabriel Matos- Departamento de ComunicaA�A?o Social