A Escola de Magistrados do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) contratou um curso de etiqueta, no valor de R$ 9.800, para ensinar os novos juízes a usarem pratos, copos e talheres corretamente à mesa. A palestra, intitulada “Etiqueta Corporativa”, foi ministrada pela jornalista Cláudia Matarazzo e teve uma duração de duas horas. Um dos tópicos abordados foi o “ABC da Mesa”, que instruiu os juízes sobre a disposição correta de itens na mesa.
Na mesma semana, outra palestra intitulada “O Juiz e a Sociedade” foi realizada, também com duração de duas horas, mas com um custo significativamente menor de R$ 516. Em março, a Escola de Magistrados gastou aproximadamente R$ 900 para uma aula de três horas sobre “Perícias Médicas Judiciais na Justiça Federal: Parte Prática”.
O TRF-3 defendeu a contratação do curso de etiqueta como parte integrante do curso de formação de juízes, que possui uma carga horária total de 504 horas e se estende até 27 de setembro. Segundo o tribunal, a aula de etiqueta é parte do treinamento corporativo e está prevista nas resoluções da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, do Conselho Nacional de Justiça e no Código de Ética da magistratura.
Todos os novos juízes aprovados no XX Concurso da instituição, além dos coordenadores, participaram da aula de etiqueta. Ao todo, 104 juízes assistiram à palestra.
A contratação do curso de etiqueta gerou discussão sobre a alocação de recursos públicos e as prioridades no treinamento dos novos magistrados. Enquanto alguns defendem a importância de uma formação abrangente, outros questionam a necessidade e o custo de um curso voltado para regras de etiqueta à mesa.