O ex-vereador de Salvador e atual presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, foi condenado a três anos e nove meses de prisão por participação em um esquema de rachadinha na Câmara Municipal entre 2009 e 2010.
A sentença foi proferida na última quinta-feira (20) pela juíza Virgínia Silveira Vieira, da 2ª Vara Criminal Especializada de Salvador, com base em uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O esquema de rachadinha
Desvio de salários: Carballal teria ficado com parte ou até mesmo com a totalidade dos vencimentos de 19 assessores.
Funcionários fantasmas: O ex-vereador também autorizou a nomeação de pessoas que não exerciam funções reais.
Cúmplices: O ex-assessor Alex Emanoel da Silva, também condenado, era responsável por recolher e repassar os valores desviados.
Outros envolvidos: Katia Maria Cavalcante Vergne de Abreu, Nélson José dos Santos e Tarciso Abreu Portela Pimentel participaram do esquema, aceitando cargos em troca de benefícios.
Detalhes da investigação
Entre março e dezembro de 2009 e nos meses de fevereiro e março de 2010, a Câmara efetuou pagamentos que somaram R$ 24.077,26 a Kátia de Abreu, que nunca exerceu qualquer função.
O valor era sacado integralmente e repassado a Carballal, por meio de Alex Emanoel.
Até o momento, o ex-vereador não se manifestou sobre a decisão judicial. O espaço segue aberto para posicionamento.