Exército cita estudo que destaca desvantagem física para justificar veto de mulheres em combate

O Exército Brasileiro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um estudo realizado por Forças armadas estrangeiras que destaca uma “clara vantagem física dos homens” para justificar a exclusão de mulheres em funções mais combatentes. Segundo informações da Folha de S. Paulo, o estudo analisou o desempenho de homens e mulheres em cinco exercícios diferentes, evidenciando um desempenho médio 20% a 45% pior nas mulheres, dependendo do exercício testado.

O Exército utilizou esses dados para argumentar que a inclusão de mulheres em armas de combate, como a Infantaria e a Cavalaria, pode comprometer o desempenho militar em operações. Além disso, a Força realizou um estudo próprio sobre a aptidão muscular de homens e mulheres na EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes), concluindo que houve decréscimo da força isométrica máxima de membros inferiores, o que influencia no risco de lesão, especialmente para as militares do sexo feminino na linha de ensino militar bélica em 2017.

Esses argumentos são apresentados em resposta a uma ação no STF, na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a avaliação a curto prazo da participação feminina nas armas combatentes. A reportagem destaca que os argumentos apresentados pelos militares brasileiros estão em desacordo com as principais Forças Armadas do mundo, como os Estados Unidos e outros países-membros da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte). A exclusão de mulheres em funções combatentes foi derrubada em vários países a partir dos anos 2000.

Burburinho News
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