Greve dos rodoviários na Região Metropolitana paralisa transporte coletivo

Os rodoviários da Região Metropolitana de Salvador (RMS) iniciaram nesta sexta-feira (17) uma greve por tempo indeterminado, afetando cerca de cinco mil passageiros em cidades como Camaçari, Candeias, Madre de Deus, Santo Amaro, São Francisco do Conde e Simões Filho. A paralisação foi autorizada em uma assembleia geral extraordinária realizada no dia 7 de março.

O Sindicato dos Rodoviários Metropolitano (Sindmetro) atribuiu a greve à falta de articulação e acordo com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). Segundo o sindicato, a empresa de transporte vem enfrentando dificuldades financeiras desde abril, levando ao descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho.

“A empresa vem anunciando deficiências financeiras nas linhas metropolitanas desde o mês de abril. O Sindicato vem negociando com paciência os descumprimentos da Convenção Coletiva de Trabalho. Notou-se que o Governo do Estado não está ajudando a empresa a solucionar os problemas. Sem o apoio do Governo, através da AGERBA, a empresa resolveu sucumbir direitos dos rodoviários. Com essa atitude, não existe outra alternativa”, afirmou o Sindmetro em nota oficial.

Assim como os rodoviários de Salvador, os trabalhadores da RMS estão em campanha salarial. Eles reivindicam um aumento de 4%, enquanto os empresários oferecem apenas 1,24% de reajuste, proposta que foi rejeitada pela categoria.

A paralisação afeta diretamente os passageiros que dependem do transporte público para se locomover entre as cidades da região metropolitana e a capital. Com a suspensão das atividades, muitos enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho, escola e outros compromissos diários.

Negociações e Próximos Passos

O Sindmetro continua pressionando por um acordo que atenda às demandas dos trabalhadores e garanta a continuidade do serviço de transporte. A expectativa é que novas negociações sejam realizadas entre os representantes dos rodoviários, a empresa de transporte e a Agerba, com o objetivo de encontrar uma solução que permita o retorno das atividades e minimize o impacto na população.

Enquanto isso, a greve dos rodoviários da RMS segue sem previsão de término, e os passageiros devem buscar alternativas de transporte até que a situação seja resolvida.

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