Com um comboio de veículos puxado por um carro de som, um grupo de fazendeiros e empregados de fazendas entraram no acampamento montado pelos invasores do Movimento Sem Terra (MST) para exigir a saída dos invasores, na tarde desta sexta-feira (3), em Jacobina, interior da Bahia. Houve ameaça de confronto, evitado com a chegada da Polícia Militar. Em menor número, os sem-terra saíram do local, mas acamparam em outro ponto da propriedade.
A Fazenda Limoeiro é uma das quatro propriedades rurais invadidas na segunda-feira (27), pelo MST, na primeira onda de ocupações coordenada pelo movimento durante o novo governo do presidente Lula. As outras três ocupações irregulares aconteceram no extremo no sul do Estado e pertencem à empresa Suzano e duas delas já tiveram liminares de reintegração de posse concedidas pela Justiça.
A família Pires, proprietária da Limoeiro, também entrou com ação de reintegração, mas ainda não houve decisão judicial. Os proprietários e empregados de fazendas se organizaram em sindicatos rurais da região e se dirigiram à fazenda invadida em um comboio de carros e caminhonetes.
De acordo com o dirigente nacional do MST no Estado, Evanildo Costa, para evitar conflito, os sem-terras retiraram os barracos e deixaram o local, mas acamparam em outro ponto da fazenda. Ele disse que o clima continuava tenso na região. O MST alega que a fazenda é improdutiva.