Inquérito revela que morte de jovem cigana foi acidental e resultou em indiciamento de sogra e tio da vítima

O inquérito em andamento que investiga a morte da jovem cigana Hyara Flor Santos Alves revelou que a tragédia ocorreu devido a um disparo acidental efetuado pelo irmão do parceiro da vítima, um menino de nove anos. A divulgação dessa informação ocorreu na manhã desta sexta-feira (11). O incidente teve lugar em Guaratinga, na região da Costa do Descobrimento, no dia 6 de julho. Apesar dos esforços em levá-la ao hospital, a jovem não resistiu aos ferimentos.

Conforme relatado pela Polícia Civil da localidade, a fatalidade aconteceu enquanto os dois estavam brincando. O inquérito também resultou no indiciamento da sogra de Hyara Flor por homicídio culposo e posse ilegal de arma de fogo, uma vez que a pistola utilizada no incidente pertencia a ela. Adicionalmente, o tio da vítima foi indiciado por efetuar disparos de arma de fogo, direcionados à residência do casal de adolescentes.

Em relação ao companheiro da vítima, também com 14 anos de idade, ele prestou depoimento por meio de uma vídeo conferência para a juíza da comarca de Guaratinga. A decisão sobre a permanência dele na internação socioeducativa ficará sob a responsabilidade do Ministério Público e do Poder Judiciário.

A Polícia Civil informou ainda que durante o processo investigativo, foram examinados laudos periciais e depoimentos de 16 pessoas, incluindo duas crianças que forneceram testemunhos especiais sob a supervisão de um promotor de Justiça da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O inquérito também incluiu análise de imagens de câmeras de vigilância do local dos acontecimentos, documentos, mensagens de dispositivos celulares e plataformas de redes sociais, além de investigações no campo. Essa investigação foi conduzida pela delegacia de Guaratinga, com o apoio da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis).

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