Israel aprova ofensiva para ocupar Cidade de Gaza e amplia tensão no conflito

O gabinete político e de segurança de Israel aprovou nesta sexta-feira (8) um plano para assumir o controle da Cidade de Gaza, principal centro urbano do território homônimo, atualmente sob domínio do grupo Hamas. A medida marca uma ampliação das operações militares e intensifica a pressão internacional sobre o país, que enfrenta críticas crescentes pela guerra que já dura quase dois anos.

Segundo o portal InfoMoney, aliados de extrema-direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pressionavam por uma tomada total de Gaza, como parte da promessa de eliminar os militantes do Hamas. No entanto, militares alertaram para o risco que a ofensiva pode representar à vida dos reféns ainda mantidos pelo grupo.

A decisão foi tomada em meio ao colapso de novas tentativas de mediação de um cessar-fogo e diante de imagens que mostram a grave crise humanitária no enclave, com crianças palestinas enfrentando fome e falta de atendimento médico.

Em comunicado, o gabinete de Netanyahu afirmou que as Forças de Defesa de Israel se prepararão para assumir o controle da cidade, garantindo, paralelamente, ajuda humanitária à população que esteja fora das zonas de combate. O plano prevê a retirada prévia de civis palestinos antes de uma ofensiva terrestre.

Atualmente, Israel controla cerca de 75% da Faixa de Gaza. Netanyahu declarou, em entrevista à Fox News, que pretende ocupar o restante da região, mas ressaltou que, após a ação militar, a administração do território será entregue a forças árabes — sem especificar quais países assumiriam essa responsabilidade.

“Não queremos governar Gaza. Nosso objetivo é estabelecer um perímetro de segurança e evitar que o Hamas retome o controle”, disse o premiê.

Reações internacionais

A decisão provocou respostas imediatas de líderes mundiais. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que a medida “não contribuirá para encerrar o conflito nem ajudará na libertação dos reféns, apenas trará mais derramamento de sangue”.

Já o premiê australiano, Anthony Albanese, fez um apelo para que Israel “não siga esse caminho”.

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