Jihad Islâmico, Acusado de Explodir Hospital em Gaza, é um Grupo mais Radical que o Hamas

O grupo terrorista Jihad Islâmico, que participou dos ataques em Israel em outubro, chamou a atenção por suas ações, incluindo a explosão do hospital Ahli Arab, o maior de Gaza. Israel nega responsabilidade no incidente e aponta o dedo para o Jihad Islâmico como o principal culpado.

O Jihad Islâmico é considerado mais radical do que o Hamas, outro grupo palestino que lidera ataques contra Israel. Enquanto o Hamas tem uma presença política e demonstrou interesse em negociações e eleições, o Jihad Islâmico é mais inflexível em suas posições.

O grupo é de orientação sunita e busca o fim de Israel, com a criação de um Estado palestino na região histórica da Palestina, entre o rio Jordão e o mar. Seu braço armado, as Brigadas al-Quds, tem um histórico de ataques a Israel, incluindo atentados suicidas.

O Jihad Islâmico tem raízes na Irmandade Muçulmana do Egito, como o Hamas, mas foi fundado seis anos antes, em 1981, por jovens ligados ao ambiente universitário egípcio.

Uma diferença notável entre a nova geração de grupos pró-Palestina, como o Jihad Islâmico, e os anteriores é o aumento da influência religiosa em sua ideologia. Movimentos anteriores, como o Fatah, eram mais seculares e socialistas em sua orientação. No final da década de 1970, houve uma mudança em direção a uma ideologia islâmica mais rígida.

Essa mudança coincidiu com o enfraquecimento do pan-arabismo, a ideia da unidade dos povos árabes, e levou a uma busca de alternativas nas vertentes políticas do Islã. O Jihad Islâmico surgiu nesse contexto.

Apesar de ser um grupo sunita, o Jihad Islâmico reconheceu a validade de outras vertentes do Islã nos últimos anos. O grupo se opõe à solução de dois Estados e nega qualquer conexão entre os judeus e a Palestina histórica, mas reconhece a importância de símbolos cristãos na região.

A relação entre o Jihad Islâmico e o Hamas é complexa, com momentos de cooperação contra inimigos comuns e conflitos. O Jihad Islâmico é considerado o segundo grupo mais forte em Gaza desde a expulsão do Fatah em 2007 e também tem presença na Cisjordânia. Os Estados Unidos afirmam que o grupo recebe apoio do Irã, Síria e Hezbollah, no Líbano.

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