A fita do Senhor do Bonfim é um elemento tradicional e simbólico na cultura baiana, especialmente associado à devoção ao Senhor do Bonfim. A tradição de amarrar a fita no pulso esquerdo e fazer três pedidos, acreditando que eles serão realizados se a fita se arrebentar naturalmente, é uma prática comum entre os devotos.
A história da fita remonta a 1809, quando foi criada pela Irmandade de Devoção do Senhor do Bonfim, sendo atribuída a Manuel Antônio da Silva Serva, o criador da primeira tipografia do estado. Inicialmente chamada de “medida do Senhor do Bonfim”, era feita de seda, com o desenho e o nome de Jesus bordados à mão. Inicialmente, era utilizada como colar por pessoas de alto poder aquisitivo na sociedade baiana da época.
Com o tempo, a produção e distribuição da fita passaram por modificações, tornando-se mais acessíveis e populares. A fita do Senhor do Bonfim tornou-se um símbolo importante da identidade de Salvador, representando valores culturais e patrimoniais ligados à religiosidade local.
Além de ser amarrada no pulso, as fitas são colocadas em diversos lugares, como grades da Igreja do Bonfim, carros e cômodos da casa. A tradição da fita é celebrada especialmente no dia da Lavagem, quando o adereço é distribuído na porta da igreja.