Distribuição foi feita antes de remédio entrar na fase de maior polêmica
Mais de 500 mil comprimidos de cloroquina foram distribuídos para estados brasileiros pelo Ministério da Saúde. Os envios começaram a ser feitos ainda no final de março, antes de estourarem as discussões sobre o uso do remédio.
De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a recomendação da pasta autoriza a utilização do medicamento em casos críticos e graves (internados que não estejam ainda intubados). A maioria dos secretários estaduais decidiu adotar a droga, segundo o presidente do conselho que reúne os representantes da Saúde do país.
“Para nós, é uma questão sobre a qual já existia consenso e já pacificada. Não é político-ideológica. Quase todos os estados têm adiantado o uso da cloroquina para pacientes internados”, disse o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Pará, disse Alberto Beltrame.
Com o maior número de mortos no país (428), São Paulo foi o estado que recebeu mais comprimidos, 170 mil. O segundo foi o Rio de Janeiro, com 74 mil. “A recomendação é que os hospitalizados recebam os medicamentos o mais precocemente possível após a internação”, disse secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.