Mesmo após interdição, obras de village continuam em condomínio de Lauro de Freitas

Moradores dizem que prefeitura não aparece para verificar cumprimento de decisão, mesmo após queixas protocoladas junto à Sedur

Moradores do condomínio Beira Rio, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, têm se queixado da continuidade de movimentações na área onde a edificação de um village foi interditada. Vídeos mostram materiais de construção ainda presentes no local e carros entrando na área da obra.

De acordo com os moradores do condomínio, a área do village Boulevard Parque Residencial é acessada diariamente por trabalhadores. E, mesmo com queixas protocoladas todos os dias, enviadas à Sedur (Secretaria de Desenvovimento do Município), a prefeitura não aparece para verificar e monitorar o cumprimento da decisão.

“A obra foi teoricamente interditada pela Sedur, então não é para ter pessoas dentro, independentemente do que estiver sendo feito. Eles alegam que a obra já está concluída, que não há mais obras no local, porém continuam carros utilitários adentrando a obra, além do movimento de pessoas dentro do empreendimento interditado”, denuncia o síndico do condomínio, Vinícius Majdalani.

A Prefeitura de Lauro de Freitas, interditou no dia 7 de abril a construção do village Boulevard Parque Residencial, que estava sendo construído ao lado do Condomínio Beira Rio. A decisão aconteceu após moradores afirmarem que o village estaria invadindo o espaço do condomínio.

A decisão aconteceu após uma disputa entre os empreendimentos, que se estende há extensos meses. Anteriormente, o município havia notificado a administração do condomínio, tido como loteamento, para que promova a derrubada dos portões e libere o acesso às vias públicas do local. Isso ocorreu após a decisão judicial que considerou irregular a criação do Condomínio Beira Rio, situado na Estrada do Coco.

Com a mudança, a prefeitura seguiu a decisão do Ministério Público do Estado (MP-BA), que embargou, no último dia 30, a construção do village. Depois de tantas reviravoltas, a deliberação final ainda não garantiu o fim dos problemas, lamenta Majdalani. “É um absurdo completo. Faz muito tempo, é impressionante falta de ação da prefeitura”, disse.

Procurada, a Sedur informou que autorizou o acesso ao empreendimento embargado em razão da necessidade de reparo no sistema de gás da obra, exclusivamente com a finalidade de executar a referida diligência.

Veja a sequência vídeos:

Fonte: Metro1

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