A prefeita Moema Gramacho venceu a eleição em Lauro de Freitas com cerca de 50% dos votos válidos. Mas nem de longe as urnas mostram uma força em toda cidade, á que os números apontam para uma alta abstenção. Dos 100 mil votos válidos, que já representam menos da metade da população, ela teve 50%, ou seja cerca de 25% do total da população. Além disso o número de abstenções (34 mil), somado ao brancos (3,4 mil) e nulos (7,7 mil) dão quase a votação que ela teve.
Mas, se ela não é uma unanimidade na cidade, na Câmara de vereadores a história é bem diferente. Em sua última gestão, ela “reinou absoluta” tendo 15 vereadores em sua base, dos 17 totais. Para a nova gestão (2020-2024) a prefeita ainda deve ter maioria mas com uma folga menor, pelo menos na teoria. Isso porque devem compor a oposição os 3 vereadores eleitos pelo partido Democratas (Tenóbio, Janio Corredor e Sapucaia), os 4 eleitos pelo PL (Flor, Almir Santos, Cezar da Lindóia e Débora Geris – essa ultima a mais votada da cidade com 2.803 votos), além do candidato do PSDB, Juca.
Debora Regis, que mostrou força nas urnas, rompeu com a prefeita na semana que antecedeu a eleição, declarando apoio ao segundo colocado Teobaldo Costa e até gravou vídeo com o prefeito de Salvador, ACM Neto. Diante disso, ela deve ter papel importante na oposição e seus colegas de partido devem segui-la. Te-o-ri-ca-men-te!
Já Tenóbio, o vereador mais votado do Democratas, tem tudo para se destacar no papel de oposição. Com um discurso de fiscalizador, inclusive tendo o 007 em seu número, numa alusão ao detetive mais famoso do mundo (James Bond) e cumpridor das funções do vereador, ele promete não dar paz aos que fizerem “sapequices” na gestão.
Os demais vereadores, que formam um bloco de 13 apoiadores – não poderia ser um número mais simbólico! – devem compor a base da prefeita, onde os que se reelegeram, apenas devem fazer uma espécie de “renovação seu contrato” enquanto os novos se familiarizam com a casa.
Fonte: DNA de Noticias por Carlos Sobrinho