Número de mortos em passagem do ciclone Idai na África chega a 760

Vastas áreas ainda estão isoladas pelas inundações e há centenas de desaparecidos, então com toda a probabilidade o número de mortos será revisado para cima nos próximos dias.

O número total de mortos pela passagem do ciclone Idai pelo sudeste da África já chega a 760. Os países mais atingidos pela catástrofe foram Moçambique, Zimbábue e Malawi, de acordo com autoridades.

Em Moçambique, segundo dados apresentados neste domingo pelo Instituto Nacional de Gestão de Emergências (INGC), já são 446 mortos. Os dados foram atualizados neste domingo pelo ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Celso Correia. Além disso, quase 110 mil pessoas foram resgatadas de áreas muito afetadas pelos fortes ventos e chuvas trazidos pelo Idai.

Segundo o diário Verdade, as mortes registradas nas últimas 24 horas correspondem ao distrito de Nhamatanda, província de Sofala, onde uma onda de água surpreendeu milhares de moradores locais, arrancou vários trechos de uma estrada e deixou a capital da província, Beira, isolada do resto de Moçambique.

Se adicionarmos os falecidos no Zimbábue (pelo menos 259) e no Malawi (56), o número total já se situa em 761. Vastas áreas ainda estão isoladas pelas inundações e há centenas de desaparecidos, então com toda a probabilidade o número de mortos será revisado para cima nos próximos dias.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique estimou que mais de 518.000 pessoas foram afetadas, das quais 109.733 foram resgatadas pelos socorristas.

As últimas vítimas foram localizadas no distrito de Nhamatanda, onde uma inundação surpreendeu milhares de pessoas no último dia 16 de março, destruindo boa parte da principal estrada que ligava a região ao resto do país. A cidade de Beira, a terceira maior de Moçambique, ficou totalmente sem comunicação.

O INGC também elevou o número de pessoas diretamente afetadas pela passagem do ciclone Idai para 518 mil. Entre elas estão os resgatados pelas equipes de emergência locais e internacionais.

“Espera-se que o número total (de mortos) aumente à medida que áreas que estão incomunicáveis passem a ser acessíveis”, explicou o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

A passagem do Idai afetou 250 mil pessoas no Zimbábue, sobretudo nos distritos de Chimanimani e Chipinge, de acordo com a ONU. Segundo a Organização Internacional de Migrações, há 500 pessoas desaparecidas em Rusit Valley, em Chimanimani.

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