A escalada da violência em Salvador e região metropolitana tem deixado moradores em um estado de terror constante, com tiroteios frequentes, inclusive com o uso de fuzis. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, de janeiro até o dia 28 de julho, foram registrados impressionantes 939 tiroteios, com 711 mortes, uma média de 4,5 confrontos por dia entre traficantes e em ações policiais. Dos confrontos, 341 ocorreram em ações policiais. A situação tem gerado preocupação e levanta a necessidade de mudanças nas políticas de segurança pública.
Além das mortes, 900 pessoas foram baleadas, e apenas 189 sobreviveram. O bairro mais afetado até o momento é Tancredo Neves, onde ocorreram 33 tiroteios, deixando 32 baleados, 20 mortos e 12 feridos. Outros bairros, como Fazenda Grande do Retiro e Federação, também se destacam nas estatísticas de violência.
Especialistas apontam que a intensificação do tráfico de drogas e armas, bem como a guerra entre facções, têm contribuído para agravar a situação na região. Além disso, a abordagem de confronto policial tem sido questionada, e a importância de investir em políticas de segurança mais inteligentes e preventivas é destacada por estudiosos e organizações da sociedade civil.
A Bahia também tem sido destaque negativo no Anuário Brasileiro da Segurança Pública, com dados de 2022 mostrando que quatro das cinco cidades mais violentas do país estão no estado. A situação levanta a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades para combater a crescente onda de violência na região.