O policial militar João Wagner Madureira, flagrado por câmeras de segurança agredindo e disparando tiros que resultaram na morte de Fernanda dos Santos, de 23 anos, se apresentou na segunda-feira (15) na delegacia de Ilhéus, no sul da Bahia, onde o crime ocorreu. A jovem foi morta na madrugada da última quinta-feira (11) em um posto de combustível da cidade.
Segundo informações da TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia na região, o policial foi ouvido e liberado, pois o prazo para prisão em flagrante havia encerrado. O suspeito alegou que os disparos foram acidentais.
Em nota enviada à imprensa anteriormente, os advogados de Madureira afirmaram que o policial não conhecia a vítima e que ela estaria “descontrolada” no momento do confronto.
Entretanto, outras informações indicam que a vítima e o policial mantinham um relacionamento amoroso. O vídeo que circula nas redes sociais mostra a sequência de eventos que culminaram no assassinato da jovem. Wagner aborda Fernanda de maneira violenta, com chutes e arma em punho, e após uma discussão, efetua os disparos que a levaram à morte.
Após receber atendimento médico no Hospital Regional Costa do Cacau, Fernanda não resistiu às lesões. A defesa do policial argumenta que o disparo foi acidental, ocorrendo durante uma luta entre a vítima e o policial, quando ela teria tentado segurar a arma, acionando involuntariamente o gatilho.
A nota da defesa reitera que o policial não conhecia a vítima e que o ato não foi motivado por violência doméstica ou discriminação à condição de mulher. A defesa também destaca que o policial está disposto a cooperar com as investigações e a responder judicialmente por seus atos.