A Petrobras divulgou na terça-feira (15) um reajuste nos preços da gasolina e do diesel, marcando os primeiros aumentos desde a implementação de sua nova política comercial, que deixou para trás o conceito de paridade de importação em maio.
O valor da gasolina nas refinarias da estatal sofrerá um acréscimo de R$ 0,41 por litro, atingindo o preço de R$ 2,93. Já o diesel terá um aumento de R$ 0,78 por litro, chegando a R$ 3,80.
A justificativa da empresa para esses aumentos é a consolidação dos preços do petróleo em um novo patamar, combinada com a situação “no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.
A Petrobras vinha enfrentando questionamentos do mercado por manter os preços represados, mesmo diante do aumento das cotações internacionais do petróleo. As substanciais defasagens no mercado interno também levantavam preocupações sobre o risco de escassez de diesel.
Esse cenário se mostra preocupante no setor, especialmente porque o consumo de diesel cresce durante o segundo semestre, em virtude da maior demanda para o transporte da safra agrícola.
Ao iniciar o mercado nesta segunda-feira (14), o preço do diesel nas refinarias da Petrobras estava em média R$ 1,18 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Nacionalmente, a defasagem era de R$ 1,01 por litro.
No tocante à gasolina, a discrepância estava em R$ 0,90 por litro nas refinarias da Petrobras e em R$ 0,79 por litro na média do país.
As restrições de oferta de diesel e o repasse do aumento das cotações internacionais por parte de importadores privados já vinham exercendo pressão sobre os preços nos postos. Na semana passada, o preço médio do diesel S-10 subiu R$ 0,08 por litro, alcançando R$ 5,08.