O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou nesta terça-feira (27 de maio) que os salários dos professores da rede municipal de ensino passarão a sofrer descontos a partir de junho, caso a greve iniciada em 6 de maio seja mantida. De acordo com ele, não haverá corte nos vencimentos de maio, mas a decisão judicial que considera a paralisação ilegal obriga o desconto dos dias não trabalhados.
“Neste mês, não terá desconto. Agora é natural que, se a greve continuar, a gente tenha que cumprir a decisão judicial”, declarou Bruno.
A paralisação já dura 21 dias e, segundo o prefeito, não há mais justificativa para sua continuidade, especialmente após a sanção do reajuste salarial aprovado pela Câmara Municipal, que varia entre 6,27% e 9,25%. Bruno Reis voltou a afirmar que a prefeitura já incorporou a gratificação que motivou o impasse, atendendo ao que, segundo ele, havia sido solicitado pela categoria.
Preocupação com os estudantes
O prefeito demonstrou preocupação com os prejuízos causados aos alunos e às famílias, sobretudo as mães que enfrentam dificuldades com a ausência das aulas e da merenda escolar.
“A gente sabe que quem está sendo penalizado são as mães, porque têm dificuldade de trabalhar. Muitas crianças se alimentam praticamente nas nossas escolas”, destacou.
Bruno garantiu que, com o fim da greve, a Prefeitura buscará formas de compensar os dias letivos perdidos, para que os estudantes não sofram prejuízo na formação.
Ele também pediu “sensibilidade” aos líderes sindicais, a quem acusou de manter vínculos políticos, e apelou para que os professores retornem às salas de aula imediatamente. A greve já foi considerada ilegal pela Justiça e teve parecer favorável à Prefeitura emitido pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
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