O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou nesta quarta-feira (11) sua preocupação com o impacto das mudanças climáticas sobre a inflação, especialmente em relação aos preços de alimentos e energia. Ele afirmou que o clima tem um efeito direto nesses setores, o que pode aumentar a pressão inflacionária. No entanto, Haddad destacou que o aumento da inflação decorrente dessas questões não pode ser resolvido apenas com ajustes na taxa de juros, afirmando que “juro é outra coisa”.
O ministro também comentou sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorrerá nos dias 17 e 18 de setembro, quando será definida a nova taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano. Economistas esperam uma possível retomada do ciclo de alta dos juros, mas Haddad reforçou a confiança na equipe técnica do Banco Central para tomar a melhor decisão.
Além disso, Haddad revisou para cima a previsão de crescimento do PIB do Brasil, projetando um aumento de 3%, superior à estimativa anterior de 2,5%. Essa projeção otimista se baseia nos dados recentes divulgados pelo IBGE, que mostraram um crescimento de 1,4% na atividade econômica no segundo trimestre de 2024. O ministro acredita que essa tendência de alta deve continuar e terá reflexos positivos na arrecadação do governo.