Produção industrial da Bahia recua em julho, mas mantém 15ª alta seguida no acumulado

A produção industrial da Bahia voltou a registrar queda em julho, com recuo de 2,6% na comparação com junho, já considerando o ajuste sazonal. O resultado interrompe o crescimento de 2,0% verificado no mês anterior e coloca o estado com o segundo pior desempenho entre os 15 locais pesquisados pelo IBGE, à frente apenas do Paraná (-2,7%) e abaixo da média nacional (-0,2%).

Apesar do recuo mensal, o setor mantém trajetória de crescimento. Na comparação com julho de 2024, houve leve alta de 0,1%, segundo avanço consecutivo, desempenho próximo ao nacional (0,2%). No acumulado de janeiro a julho, a indústria baiana cresceu 0,6%, 9º melhor resultado entre os 18 estados pesquisados. Já nos últimos 12 meses encerrados em julho, o avanço foi de 1,8%, garantindo a 15ª alta consecutiva e o 6º melhor desempenho do país.

Alimentação sustenta alta; metalurgia e couro recuam

O crescimento frente a julho de 2024 foi impulsionado pela indústria extrativa, que avançou 8,9% e registrou o terceiro resultado positivo seguido. Entre as dez atividades da indústria de transformação, seis tiveram alta, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (4,4%), principal responsável pelo resultado positivo. A produção de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (1,2%) também contribuiu, devido ao peso do setor na estrutura industrial baiana.

No lado negativo, o maior impacto veio da fabricação de produtos de borracha e material plástico (-7,5%), seguida pela metalurgia (-9,7%), que voltou a cair após cinco meses de crescimento. O setor de couro, artigos para viagem e calçados (-17,2%) teve a maior queda percentual, embora com menor peso na composição do setor.

Burburinho News
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