Professores da rede municipal decretam greve e acusam Prefeitura de descumprir reajuste

Os professores da rede pública de ensino em Lauro de Freitas declararam greve no fim da manhã desta quarta-feira (26). Em reunião realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf), cerca de 200 discentes se reuniram para decidir os termos da medida. A decisão se deu após um encontro mal-sucedido com a prefeita do município Moema Gramacho (PT).

O presidente da ASPROLF, Valdir Silva, explicou que a categoria está revoltada com a falta de atenção da gestão municipal com as demandas reivindicadas. 

“Os problemas vão desde a infraestrutura das escolas à falta de profissionais e cuidadores. Os alunos com deficiência estão em casa, sem educação, por causa disso. Além disso, está em pauta o piso nacional dos trabalhadores de educação”, disse.

Posição da PMLF

Em nota oficial disponibilizada no site da Prefeitura, a Secretaria de Educação destacou o que definiu como um “estranhamento diante da decisão do Sindicato ASPROLF, de deflagrar greve após assembleia realizada no mesmo dia do anúncio da greve”. 

Ainda segundo a SEMED, “o Município sempre cumpriu o pagamento do piso salarial nacional para os profissionais da educação, com valores superiores aos estabelecidos pela legislação”, descreve a gestão.

Direito garantido desde fevereiro de 2022

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assinou em fevereiro do ano passado, uma portaria que oficializou o aumento de 33,24% no piso salarial dos professores da educação básica da rede pública. Com isso, a remuneração mínima passou para R$ 3.845 em todo o país.

Já em janeiro deste ano, o Ministério da Educação reajustou o piso do magistério em 14,95% e o valor passou de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. A data base para a mudança era neste mês de abril, mas, até então, os profissionais afirmam que não houve qualquer mudança em seus proventos em Lauro de Freitas.

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