O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo descartou, na ultima terça-feira (16), a possibilidade de uma greve geral dos ônibus até a próxima sexta-feira (19), quando acontece mais uma rodada de negociação com os patronais, com mediação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em entrevista à Rede Bahia, Primo frisou que, neste período, pode haver manifestações, bem como atraso na saída dos ônibus das garagens e paralisação de 24h.
“A gente vai continuar com as nossas mobilizações. A gente não vai garantir e nem descartar nenhuma manifestação. Cada manifestação se for acontecer, a gente vai avisar a população com antecedência”, afirmou o chefe da categoria.
Na tentativa de solucionar o impasse enfrentado desde o início deste mês, o líder do sindicato, Fábio Primo, ao lado do presidente licenciado, Hélio Ferreira (PCdoB) e do vereador Tiago Ferreira (PT) se reuniram com os empresários, no MTE, nesta manhã, para debaterem as insatisfações da categoria. Esta é a quinta rodada de negociação entre eles e os patronais que termina sem acordo.
Na última quinta-feira (11), os rodoviários decretaram estado de greve. Nas reivindicações, a categoria pede reajuste salarial, além de aumento do ticket de refeição em 10% e a compensação das horas extras em pagamento no final do mês. Outra inquietação dos rodoviários é a possibilidade da demissão em massa dos cobradores, com a extinção total ou parcial da função, que estar em estudo por meio da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (ARSAL), que faz uma análise sobre a revisão tarifária.
Questionado sobre o assunto, Primo fez um apelo ao secretário municipal de Mobilidade, Fabrizzio Muller e ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) para solucionar o problema.
“Eu aproveito aqui para pedir ao secretário de mobilidade Fabrizzio Muller e ao prefeito Bruno Reis, que eles são responsáveis pelo sistema de transporte na cidade, que chame os empresários e façam eles entenderem que esses pontos de pauta são importantes pra que a gente evite uma greve”, destacou o presidente.
Dentre as queixas citadas acima, a que mais chateia os rodoviários, segundo o líder da categoria, é a questão salarial. Ainda em entrevista à emissora local, Primo demonstra está disposto a solucionar o problema. “A gente acredita que se fechar a causa econômica, os outros pontos, a gente consegue avançar e evitar uma greve”, ressaltou.
Fonte: Bahia.ba