Quarta rodada de negociações terminou sem acordo diante de impasse por conta de compensação de horas e parcelamento do aumento salarial
Fonte – Metro 1
A quarta rodada de conciliação entre os rodoviários e os empresários do setor terminou sem acordo na tarde desta sexta-feira (04). O impasse entre as partes foi relativo principalmente em relação a dois assuntos. Os empresários se recusaram a rever a forma de compensação e pagamento de horas extras dos rodoviários. Em contrapartida, diante da negativa dos patrões, os rodoviários se recusaram a aceitar o parcelamento do ajuste salarial em duas vezes. Os trabalhadores chegaram a falar sobre greve durante o encontro virtual.
A proposta dos empresários era garantir um aumento de 7.59% parcelado em duas parcelas, uma retroativa à data base da categoria e outra garantida em novembro. Para aceitar o parcelamento, os rodoviários pediram a extinção da compensação de horas extras em folgas. Representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ainda sugeriram que a compensação de horas extras ocorra no limite de 50%, o que não foi aceito pelos empresários.
“Os trabalhadores foram quem mais cederam. A gente vem tentando evitar a greve, tivemos toda a paciência, nossa data base é dia 1 de maio e hoje já estamos em junho e ainda não conseguimos acertar um acordo. Concordamos em negociar o parcelamento do ajuste se do outro lado não tem nenhuma flexibilização. Estamos então voltando a nossa proposta na íntegra”, afirmou o presidente dos rodoviários, Hélio Ferreira, ao final da sessão.
Representante do sindicato patronal, Jorge Pinto, negou que o não acordo em 2021 representa uma quebra na relação entre as partes. “Eu não vejo nenhum trauma, nenhuma discussão. Cada lado tem seus limites e alguém vai precisar julgar nossos impasses já que a gente não conseguiu chegar a uma decisão. Esse é um momento difícil, que tem dificuldades nas condições financeiras das empresas, os trabalhadores estão com dificuldade. Nosso limite chegou e agora vamos para o julgamento infelizmente”, disse.
Por deterninação da desembargadora Dalila Andrade, rodoviários terão até a próxima segunda-feira (7) para se manifestar oficialmente dentro do processo. Já os empresários devem enviar munifestação até a terça-feira (8). O julgamento do dissídio coletivo com a determinação judicial dos termos de reajuste está prevista para a próxima sexta-feira (11), às 9h30.