Rússia e Ucrânia fazem primeira reunião direta desde 2022 e avançam em troca de prisioneiros

O primeiro encontro direto entre representantes da Rússia e da Ucrânia desde o início da guerra, em 2022, ocorreu nesta sexta-feira (16), em Istambul, na Turquia. Embora sem a presença dos presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, os dois países chegaram a um acordo preliminar para a troca de mil prisioneiros de guerra de cada lado.

De acordo com o ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, a reunião trilateral entre Ucrânia, Turquia e Estados Unidos discutiu “mecanismos reais para alcançar uma paz justa e duradoura para a Ucrânia”.

A mediação foi conduzida pelo ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, e contou com a participação de autoridades americanas, como o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o embaixador em Ancara, Tom Barrack, e o representante especial para a Ucrânia, Keith Kellogg. Pela Ucrânia, estiveram presentes o chefe do gabinete presidencial, Andriy Iermak, e os ministros Rustem Umerov (Defesa) e Dmytro Kuleba (Relações Exteriores), além de Andriy Sybiga.

Segundo Umerov, todas as partes reforçaram que o conflito deve terminar com um cessar-fogo total e incondicional, em vez de novos acordos frágeis. Também foram discutidas a libertação de prisioneiros ucranianos e o retorno de crianças deportadas.

A reunião, que teve duração inferior a duas horas, representa a primeira tentativa de negociação direta em mais de três anos. Um membro da delegação ucraniana afirmou que a Rússia apresentou exigências consideradas inaceitáveis, como a retirada de tropas ucranianas de áreas ocupadas. Ainda assim, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, avaliou o encontro como positivo e disse que houve acordo para a apresentação de propostas formais de cessar-fogo.

Ao final da reunião, o ministro Hakan Fidan declarou, por meio da rede social X, que um novo encontro foi acordado em princípio. Além da troca de prisioneiros, as delegações também se comprometeram a compartilhar por escrito as condições para um possível cessar-fogo.

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