Servidores criticam do aumento de 7 anos no tempo de contribuição, com a nova PEC da Reforma da Previdência
Uma das principais causas do protesto dos servidores públicos é a expansão do tempo de serviço após a nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que aumentaria em 7 anos o tempo de contribuição dos funcionários estaduais.
Em entrevista, a presidente do Sindsaúde, Inanilda Brito, falou sobre o prejuízo que essa reforma acarretaria para os servidores, e, segundo ela, principalmente para as mulheres da área da saúde e educação, que teriam que trabalhar fazendo esforço até os 62 anos de idade.
“Nós entendemos que há uma necessidade de fazer reforma, atendendo a uma demanda do Governo Federal, mas tem coisa no projeto que vai ser muito penosa para nós do serviço público da Bahia, principalmente, as mulheres. As mulheres da educação, da saúde, que vão ser mais penalizadas. Sabe como é trabalhar em um Hospital. Quantas horas nós ficamos em pé, quantos km nós percorremos no Hospital, subindo e descendo escada. Então, ir para 62 anos, é muito castigo, é muita maldade”, reclamou Inanilda.
“Um dos pontos mais cruciais, que não estamos aceitando, é a idade. Hoje, um profissional se aposenta com 55 anos de idade e 30 de serviço. Agora vai se aposentar com 62 anos de idade. São 7 anos a mais. Isso para nós, mulheres, profissionais de saúde, é um caminho longo para percorrer”, lamentou a presidente do sindicato.
A Professora Ronalda Barreto, da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), criticou que esta votação da PEC é uma cópia do que há de pior no atual cenário do governo.
“A votação que este governador teve foi obtida na perspectiva de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, não que piorasse e copiasse o que há de pior no governo Bolsonaro. Essa Reforma é muito semelhante a proposta do Governo Federal, com pouquíssimas diferenças”, criticou.