No Royal Institute of International Affairs, também conhecido como Chatham House, o secretário executivo da ONU para mudanças climáticas, Simon Stiell, fez um alerta crucial nesta quarta-feira (10) em Londres: os próximos dois anos serão determinantes para a preservação do nosso planeta.
Em seu discurso, intitulado “Dois anos para salvar o mundo”, ele enfatizou a crença de que “cada cidadão em cada país tem a oportunidade de fazer parte dessa transição e cada voz fará a diferença”. Stiell ressaltou que a redução da poluição proveniente dos combustíveis fósseis trará “benefícios para a saúde e enormes economias para os governos e as famílias”.
Observando que as contribuições nacionais para o clima, conhecidas como NDCs, provavelmente não serão suficientes para reduzir as emissões até 2030, ele destacou a importância de uma nova geração de planos mais fortes. “Mas precisamos desses planos mais fortes agora”, acrescentou.
O Brasil, como país anfitrião da COP30, tem um papel crucial a desempenhar no início das medidas ambiciosas necessárias, afirmou Stiell. Ele reconheceu que cada nação deve apresentar um novo plano, mas destacou que as emissões dos países do G20 representam cerca de 80% das emissões globais. Sob a liderança brasileira, o G20 está explorando maneiras de encontrar novos financiamentos para o clima e o desenvolvimento, o que é um passo encorajador.
Stiell concluiu afirmando que a próxima geração de planos climáticos nacionais deve ser um plano de investimento para economias sustentáveis e resilientes.