O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o líder chinês, Xi Jinping, de conspirar contra Washington após o encontro do mandatário da China com Vladimir Putin (Rússia) e Kim Jong Un (Coreia do Norte), nesta terça-feira (2), em Pequim. O evento, marcado por um desfile militar, celebrou os 80 anos da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial e reuniu dezenas de chefes de Estado e de governo.
“Por favor, transmitam meus cumprimentos mais calorosos a Vladimir Putin e Kim Jong Un, enquanto vocês conspiram contra os Estados Unidos da América”, escreveu Trump em sua rede Truth Social, em tom irônico. As informações são da Bloomberg e do InfoMoney.
A relação entre EUA e China já vinha tensionada desde o início do ano, em razão da política tarifária do governo Trump, marcada por medidas agressivas contra Pequim e retaliações chinesas.
Na publicação, o republicano também questionou se Xi daria crédito ao apoio norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial. “Muitos americanos morreram na busca da China pela vitória e glória”, afirmou.
Durante o discurso na capital chinesa, Xi Jinping agradeceu a países que ajudaram a China no conflito, mas não mencionou diretamente os Estados Unidos. Procurado, o Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu às declarações de Trump.
Apesar das críticas, o presidente americano buscou minimizar a repercussão do desfile militar.
“Tenho um ótimo relacionamento com o presidente Xi, como vocês sabem. Mas a China precisa muito mais de nós do que nós precisamos dela”, disse a repórteres no Salão Oval.
Em entrevista posterior, Trump reforçou a superioridade militar dos EUA: “Temos o exército mais forte do mundo. Eles jamais usariam seus militares contra nós — seria a pior coisa que poderiam fazer”.
Além de Putin e Kim, o evento em Pequim contou com a presença de líderes de países como Vietnã, Malásia, Paquistão, Bielorrússia, Irã, Sérvia e Eslováquia, consolidando a demonstração de força política e militar da China.