Trump impõe novas tarifas de importação e Brasil é o mais afetado com taxa recorde de 50%

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva impondo tarifas recíprocas a dezenas de países ao redor do mundo. A medida, divulgada nesta quinta-feira (31), determina que a maioria das novas taxações entrará em vigor a partir da próxima quinta-feira (7).

Entre as nações afetadas, o Brasil foi o país que recebeu a maior alíquota total: 50% de tarifa sobre exportações, resultado da junção de uma taxa recíproca de 10% com uma sobretaxa adicional de 40%, válida já a partir da quarta-feira (6).

Segundo a Casa Branca, as novas tarifas têm como base “déficits comerciais significativos” e questões econômicas, diplomáticas e de segurança nacional. Ainda de acordo com o governo norte-americano, o Brasil foi particularmente visado por conta de sua política comercial e como retaliação indireta ao andamento de processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Apesar da tarifação recorde, o Brasil obteve a maior lista de exceções comerciais, com 694 produtos isentos — entre eles metais, suco de laranja, petróleo, aeronaves e derivados — o que ameniza parcialmente o impacto da medida.

Quem mais foi afetado?

Entre os países com maiores alíquotas estão:

  • Síria: 41%
  • Laos e Mianmar: 40%
  • Suíça: 39%
  • Canadá, Iraque e Sérvia: 35%
  • África do Sul, Argélia, Líbia e Bósnia: 30%

Países como a Argentina, ao lado de cerca de 90 outras nações, conseguiram negociar a tarifa base de 10%, a menor prevista. O Reino Unido também conseguiu manter a taxa mínima.

Nações europeias como Alemanha, França, Itália, Espanha e Holanda ficaram com tarifa intermediária de 15%, mesmo após negociações.

Países em negociação

Algumas nações estratégicas, como China (30%) e México (25%), ainda estão em processo de negociação com os EUA, e os percentuais divulgados são considerados provisórios.

Impactos no comércio brasileiro

A imposição da nova tarifa de 50% deve encarecer significativamente a exportação de produtos brasileiros para os EUA, o que pode impactar setores como agronegócio, siderurgia e aviação. Representantes da indústria já se mobilizam para pressionar o governo brasileiro por uma resposta diplomática e possível contestação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Especialistas avaliam que o cenário pode prejudicar as relações comerciais bilaterais e aumentar a incerteza sobre o fluxo de investimentos entre os dois países.

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