Fonte: Toda Bahia
Mesmo sendo vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado Raimundinho da JR (PL) é um dos signatários do requerimento que pede a instalação da CPI do MST na Casa. Ele afirmou que não foi procurado por nenhum emissário do Executivo estadual para voltar atrás, e defendeu que as terras produtivas “não podem ser invadidas por vândalos”.
“Não sou contra nenhum sem-terra. Acho que todo mundo tem o direito de ter seu pedaço de chão para cultivar. Mas o agronegócio também tem, assim como os agricultores familiares. É preciso ter regras. Não é justo que a pessoa tenha a sua fazenda invadida por vândalos”, disse o parlamentar.
Raimundinho defendeu que o governo federal acelere o processo de reforma agrária na Bahia “utilizando as terras improdutivas”. “É preciso que o governo trate com dignidade e respeito as pessoas que querem seu pedaço de chão para trabalhar, produzir. Essas pessoas têm que ser assentadas com dignidade. Mas o fazendeiro também merece o respeito da gente. Tem fazenda produtiva sendo invadida e não podemos aceitar isso”.
O deputado negou que tenha assinado o pedido de CPI, proposto pelo deputado Leandro de Jesus, colega de partido de Raimunho, mas que está na oposição, por insatisfação com o Executivo estadual. “Meu relacionamento com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) é excelente. Tenho certeza que ele entende essa questão e terá uma posição positiva. Ele não quer vandalismo. Além disso, a CPI, sendo instalada, vai trabalhar garantindo direitos iguais a todos os lados, seja o homem do campo ou o fazendeiro”, disse Raimundinho.
O presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), que também assinou a favor da CPI, deve decidir se instala ou não a comissão no início da próxima semana. Ele vai se basear em um parecer da Procuradoria Jurídica da Casa. Com esteve quase a semana inteira em Brasília em compromissos oficiais, essa decisão foi adiada. Vale frisar que produtores rurais prometem ir á Assembleia na próxima terça-feira (25) pressionar para que a comissão seja criada.