64ª Cúpula do Mercosul: entrada da Bolívia e mudança de presidência marcam o encontro

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A 64ª reunião de cúpula do Mercosul ocorre nesta segunda-feira (8) em Assunção, destacando a incorporação da Bolívia como sexto membro pleno do bloco e a passagem da presidência temporária do grupo do Paraguai para o Uruguai.

Após o encontro, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva deverá falar à imprensa antes de seguir para a Bolívia, onde reiterará seu apoio ao presidente Luiz Arce, que recentemente conseguiu debelar uma tentativa de golpe contra seu governo.

No domingo (7), após a reunião entre chanceleres do Mercosul, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que “a democracia venceu” ao comentar a tentativa de golpe frustrada na Bolívia. Em La Paz, Lula reforçará essa mensagem.

A cúpula é marcada pela ausência do presidente argentino, Javier Milei, que decidiu na semana passada não comparecer ao encontro. Segundo o Itamaraty, é a primeira vez que um chefe de Estado não comparece à cúpula do bloco. Apesar disso, a chanceler argentina, Diana Mondino, reafirmou a adesão de seu país ao Mercosul, ressaltando sua importância como principal destino das vendas externas argentinas e etapa crucial na internacionalização das empresas do país.

Durante a presidência do Paraguai, os chanceleres destacaram a assinatura de um acordo com Singapura, que ampliará o acesso dos produtos do bloco a novas regiões após uma década de negociações. O chanceler do Uruguai, Omar Paganini, parabenizou o Paraguai pelas negociações abertas para acordos com os Emirados Árabes Unidos e indicou que o foco de sua presidência pro tempore será reconhecer a necessidade de avançar em direção a uma zona de livre comércio.

“Estamos reconhecendo que estamos distantes de uma zona de livre comércio, não necessariamente em termos de eliminação tarifária, mas de medidas de caráter administrativo, financeiro, cambiário ou de qualquer natureza”, afirmou Paganini.

A cúpula do Mercosul busca fortalecer a integração regional e avançar em novos acordos comerciais, enfrentando desafios econômicos e políticos na região. A incorporação da Bolívia como membro pleno é um passo significativo, enquanto a ausência do presidente argentino sublinha as tensões e desafios internos enfrentados pelos países membros.

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