Discurso de Lula sobre “picanha e cerveja” é encarado por petista como metáfora; entenda

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“O brasileiro vai voltar a comer picanha e tomar uma cervejinha no final de semana”. Essa foi uma das principais promessas de campanha de Lula, na tentativa de fazer o povo brasileiro acreditar que a vida de 2003 a 2016 era maravilhosa.

Nos debates na TV, o petista repetiu essa conversa inúmeras vezes.

Viralizou nos últimos dias nas redes sociais o post abaixo, no qual o vereador petista Eduardo Sallum e Cientista Político (UNESP), de São Paulo, ironiza os ignorantes que não entenderam a suposta metáfora da picanha:

O Presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva, não foi o primeiro a falar em churrasco para conseguir votos. Na Argentina, seu amigo Alberto Fernández prometeu a mesma coisa. Chegou até a fazer vídeo de campanha apelativo usando a imagem de um argentino encostado em uma churrasqueira “abandonada”.

“Olha, problemas nós temos muitos todos os dias, mas bom era quando chegava o final de semana e alguém dizia: vai ter churrasco? E começaram a perder essas coisas, e não estou falando de comida. Fazer um churrasco era algo a mais. Era convidar os amigos para sua casa, ter um momento juntos. Para que trabalhamos então? O bom é que em um pouquinho de tempo, tudo isso vai melhorar. Há esperança”.

Aliás, se a metáfora fosse sobre “comer bem”, teriam prometido salada e suco de fruta, já que uma dieta à base de picanha e cerveja não é exatamente saudável. Mas repararam que a turma da lacração vegana e a Xuxa nem se incomodaram com o incentivo ao consumo de carne?

 É porque no Brasil, já há muito tempo, não importa aquilo que se diz, mas quem diz.

Vamos torcer, para que todos os brasileiros tenham condições de se alimentar bem nos próximos anos, mas para isso será necessário que a inflação continue em baixa, que o desemprego continue caindo e que o PIB continue subindo, como nos últimos meses.

Por mais que se tente, não se pode reduzir o mundo a uma questão de linguagem: a realidade sempre acaba prevalecendo.

A inflação não é uma metáfora. Aliás, sempre que a economia cai, os primeiros a sofrer as consequências são os mais pobres e desassistidos, que não têm para onde correr, diferentemente dos intelectuais e das elites.

Tomara que a inflação não volte, como aconteceu na Argentina, mas a realidade nem sempre corresponde à expectativa.

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