Vereador Camilo Cristófaro tem mandato cassado por acusação de racismo em São Paulo

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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a cassação do mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante) nesta terça-feira (19). Ele foi acusado de racismo, por quebra de decoro parlamentar, resultando na perda de seu cargo político.

Entre os 55 vereadores, 47 votaram a favor da cassação, enquanto ninguém votou pela absolvição. Foram registradas 5 abstenções e um vereador ausente, Ely Teruel (Podemos). O próprio Cristófaro e Luana Alves (PSOL), que denunciou o vereador à Corregedoria e à polícia, não participaram da votação.

Para evitar a cassação, o vereador precisava de 19 votos a seu favor. Agora, ele ficará inelegível por oito anos, e o suplente Adriano Santos (PSB) assumirá o cargo. Em frente à Câmara Municipal, houve protestos com palavras de ordem contra atos racistas, bem como rodas de samba e capoeira. No auditório, as galerias foram divididas entre apoiadores do vereador e aqueles que pediam sua cassação, exibindo cartazes e faixas.

A decisão foi tomada quase um ano e cinco meses após um episódio ocorrido em maio de 2022, quando Cristófaro participava de uma sessão da CPI dos Aplicativos de forma remota e foi ouvido dizendo: “É coisa de preto”.

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