Blogueiro Wellington Macedo Fica em Silêncio na CPMI do 8 de Janeiro

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Na manhã desta quinta-feira (21), o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza, preso recentemente por sua suposta participação na tentativa de explodir uma bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília, optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os eventos ocorridos no dia 8 de janeiro. A decisão foi respaldada por uma determinação favorável do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em suas palavras iniciais, Wellington, que foi detido em uma operação conjunta da Polícia Federal brasileira com a polícia paraguaia em Ciudad del Este no último dia 14, declarou que só colaboraria com a comissão de inquérito se seus advogados tivessem acesso aos documentos relacionados às investigações em que ele é alvo.

Ele afirmou: “Eu vou colaborar com vocês a partir do momento em que os meus advogados tiverem acesso aos autos acusatórios contra esta pessoa que aqui está, que até hoje não sabe porque tem pago um preço tão alto, e tanta humilhação. Quando eu tiver acesso aos autos, vocês podem me convocar novamente aqui que eu vou colaborar com vocês.”

Essa resposta foi repetida por Wellington Macedo em diversas questões apresentadas pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Wellington Macedo, um blogueiro cearense, já havia sido condenado anteriormente por seu envolvimento na colocação de uma bomba em um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília na véspera do Natal do ano passado. Na ocasião, ele recebeu uma sentença de seis anos de prisão em regime inicial fechado, além de uma multa.

Outros envolvidos no caso, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, também foram condenados a penas de prisão em regime inicial fechado.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), os três réus se uniram durante manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais e planejaram cometer infrações penais com o objetivo de causar comoção social e promover intervenção militar e a declaração de Estado de Sítio.

A participação de Wellington Macedo na tentativa de explosão do caminhão foi descoberta porque, na época, ele estava usando uma tornozeleira eletrônica, e os registros de rastreamento revelaram seu movimento no dia do crime.

Após ter sua prisão preventiva decretada em 5 de janeiro deste ano, Wellington quebrou sua tornozeleira eletrônica e ficou foragido até ser preso no Paraguai na semana passada.

Durante a audiência, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama, apresentou vídeos e postagens que demonstram a participação de Wellington Macedo em atos antidemocráticos desde 2021, quando sua prisão domiciliar foi decretada por incitar atos antidemocráticos em setembro de 2021. Mesmo sob prisão domiciliar e usando uma tornozeleira eletrônica, ele continuou envolvido em manifestações bolsonaristas radicais em Brasília, incluindo ataques ao prédio da Polícia Federal em dezembro do ano passado. Durante esse evento, manifestantes tentaram invadir o prédio da PF e incendiaram veículos.

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