A produção industrial brasileira apresentou uma leve variação positiva de 0,1% em agosto de 2024, após uma queda de 1,4% em julho. Esse crescimento foi influenciado por uma base de comparação elevada e o efeito de um dia útil a menos em agosto deste ano. No entanto, quando comparado a agosto de 2023, o setor industrial registrou uma expansão de 2,2%, marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento anual positivo.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, o setor acumula um crescimento de 3,0% nos primeiros oito meses de 2024 e de 2,4% nos últimos 12 meses. André Macedo, gerente da PIM, destaca que a produção industrial segue acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) em 1,5%, mas ainda está 15,4% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
O crescimento foi puxado por 18 das 25 atividades pesquisadas, com destaque para as indústrias extrativas, que subiram 1,1%, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%). No entanto, setores como veículos automotores, que recuaram 4,3%, produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%) registraram quedas significativas, impactando negativamente a média da indústria.
Apesar da recuperação, o setor enfrenta desafios, especialmente em áreas com quedas expressivas, como a fabricação de automóveis e comerciais leves, que tiveram um desempenho negativo após dois meses de crescimento expressivo.