Cesta básica sobe em Salvador, enquanto maioria das capitais registra queda no preço dos alimentos
Enquanto grande parte das capitais brasileiras registrou queda no custo da cesta básica em julho, Salvador apresentou aumento de 1,8%, contrariando a tendência nacional. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Conab.
Na capital baiana, o conjunto de alimentos essenciais foi calculado em R$ 635,08, valor considerado um dos mais baixos entre as 27 cidades pesquisadas. Apesar disso, a elevação chamou atenção por destoar do movimento de redução observado em 15 capitais.
O comportamento do Nordeste foi determinante para o resultado. Além de Salvador, outras capitais da região também tiveram alta: Recife (2,8%), Maceió (2%), Aracaju (2%) e João Pessoa (1,8%). Natal e São Luís registraram crescimento de 1,4% cada.
Em contrapartida, as maiores reduções ocorreram no Sul e no Sudeste. Florianópolis (-2,6%), Curitiba (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Campo Grande (-2,1%) lideraram as quedas no preço da cesta.
Panorama nacional
O levantamento mostra que São Paulo continua sendo a capital com a cesta básica mais cara do país, custando R$ 865,90, seguida por Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48).
Na outra ponta, os menores valores foram observados em capitais do Norte e do Nordeste: Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
Comparado a julho do ano passado, todas as 17 capitais que já faziam parte da pesquisa registraram aumento no preço da cesta básica. O maior destaque foi Recife, com alta acumulada de 19,5%. No acumulado de 2025, a elevação foi generalizada, variando de 0,3% em Goiânia a 11,4% em Recife.