CBF divulga áudio do VAR e explica lances polêmicos em Atlético-MG x Bahia: “Escorrega na bola”

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta quinta-feira (6) os áudios e imagens da cabine do VAR envolvendo os dois lances mais polêmicos da derrota do Bahia por 3 a 0 para o Atlético-MG, na Arena MRV, pela 32ª rodada do Brasileirão.

Os lances motivaram duras críticas do técnico Rogério Ceni, que afirmou após a partida que “o lado que vai vencer é o que o VAR interferir”.

O material revela as conversas entre o árbitro Davi de Oliveira Lacerda e o árbitro de vídeo Rafael Traci em duas ações decisivas: o pisão de Junior Alonso em Michel Araujo, logo no primeiro minuto, e a expulsão de Kanu no início do segundo tempo.


Lance 1: Pisão de Junior Alonso em Michel Araujo

No primeiro lance, o VAR avaliou o contato do zagueiro do Atlético-MG no tornozelo de Michel.

Os áudios mostram que a equipe de vídeo entendeu que não houve força suficiente para expulsão, mantendo a decisão de campo.

O VAR afirma:

“Tem o pé no tornozelo do jogador, mas não está fixo. O pé está no alto e vai deslizando. Não tinha como ele recolher a perna.”

O árbitro completa:

“Ele pisa em cima da bola e depois tem um pé sobre pé. Ele escorrega na bola.”

O lance foi amplamente criticado pela delegação do Bahia, especialmente por Ceni, que alegou critérios distintos na aplicação de cartões.


Lance 2: Expulsão de Kanu após puxão em Bernard

O segundo incidente ocorreu no início do segundo tempo. Inicialmente, Kanu recebeu cartão amarelo após puxar a camisa de Bernard em lance de velocidade.

O VAR chamou o árbitro para revisão, argumentando que havia clara oportunidade de gol.

O árbitro inicialmente discordou:

“Ele não tem o domínio da bola ainda. Para mim desconfigura o caso de domínio, está muito afastado.”

Mas Rafael Traci rebateu:

“Ele tem totais condições de domínio. Vai sair sozinho com o goleiro. Não tem mais defensores.”

Após revisar o monitor, Davi Lacerda alterou a decisão:

“A bola é muito mais do atacante. Ele (Kanu) abdica de jogar para puxar. Vou trocar para cartão vermelho.”


A divulgação dos áudios pela CBF é parte do protocolo de transparência da entidade, mas, no caso, reacendeu o debate sobre critérios, consistência e interferência do VAR em momentos determinantes das partidas.

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