ABSURDO: Presidente da Câmara de Lauro de Freitas desacata decisão judicial e tenta impor eleições internas de forma irregular

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Pleito foi agendado fora do prazo mínimo e cédulas para votação já estavam preenchidas

A sessão especial da Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas, realizada na manhã desta quinta-feira (29), foi marcada por arbitrariedades, descumprimento de decisões judiciais, agressões à imprensa e discussões acaloradas entre os edis.

A pauta do dia era a eleição para a mesa diretora da Câmara dos Vereadores de Lauro de Freitas (Biênio 2023/24). Concorreriam ao cargo a vereadora Naide Brito (PT), governista que buscou a reeleição, e o vereador Tenobio (PSC), do bloco oposicionista.

O Vereador Tenóbio entrou com um pedido de Mandado de Segurança, acatado pela 2ª Vara da Fazenda Pública do Município De Lauro De Freitas. Na ação, o parlamentar pediu a anulação da sessão e, por conseguinte, da eleição e questionou a legitimidade do pleito, em face do mesmo ter sido agendado há apenas dois dias, impossibilitando a ampla divulgação pública e a formação e estruturação das chapas concorrentes.

“É evidente que é atentatório à democracia, à transparência e à isonomia da eleição para a Mesa Diretora, publicar um edital de convocação a apenas dois dias do dia do pleito, surpreendendo a todos e sem proporcionar tempo hábil para a formação de chapas que, eventualmente são formadas por adversários da Mesa Diretora cujo mandato se finda.”, afirma o autor no processo.

Antes mesmo do início da sessão, segundo os vereadores de oposição, a base ligada a prefeita Moema Gramacho, realizou uma manobra de recondução dos membros da mesa diretora CMLF, presidida pela vereadora do PT – Naide Brito. Além disso, foram dispostas para votação cédulas preenchidas, de modo a auditar os votos dos vereadores. Sendo assim, quem não votasse com a base da prefeita, perderia os cargos na administração executiva.

Após o término da seção, a equipe da Burburinho News foi agredida e impedida de entrevistar a presidente da câmara pelos vereadores do PT, Nego Pegadeira e Welington Negão. O jornalista Paulo Silva foi empurrado e chutado pelos parlamentares.

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